Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone Nossos limites

Quantas vezes nos pegamos a reclamar de alguém que nos tira do sério?

Quantos são os momentos em que nos queixamos de alguém que nos faz perder a paciência?

E não são tantos os momentos em que dizemos que certa pessoa tem a capacidade de nos fazer perder o sossego?

Debitamos incontáveis vezes a culpa no próximo de algo que acontece conosco.

Insistimos em responsabilizar o outro pelos nossos desalinhos.

Assim, nos eximimos de culpa, desde que, em nosso raciocínio, se a pessoa não tivesse assim agido, nós não nos perderíamos, manteríamos a compostura adequada.

Porém, nos esquecemos, nesses momentos, de que nossas ações e nossas emoções são essencialmente nossas.

Sendo assim, não deveríamos pensar em nós como simples vítimas da ação incomodativa de terceiros.

Vivendo em sociedade, nos relacionando com inúmeras pessoas, estamos sujeitos ao natural embate nas relações.

Algumas são mais educadas, gentis. Outras um tanto grosseiras, rudes ou irônicas. Afinal, cada um oferece aquilo que pode e que possui no seu mundo íntimo.

Se o comportamento do outro é escolha e responsabilidade dele, a mesma regra deve ser aplicada a nós.

Quem decide como agir ou reagir ao contato com nosso próximo, somos nós mesmos.

Portanto, se a impaciência com alguém nos domina é porque não dispomos de paciência suficiente para lidar com a situação.

Logo, não cabe utilizarmos a desculpa de que o culpado do nosso comportamento é o outro.

A dificuldade é apenas nossa. Somos os que ainda não cultivamos a virtude da paciência em nós.

O problema não é a pessoa, nem sua maneira de agir. Somos nós os que ainda não dispomos de equilíbrio suficiente para enfrentar determinadas situações ou eventual provocação.

De igual forma, se nos perturbamos com a atitude de alguém, ao ponto de nos tirar o sossego, o problema reside em nossa intimidade.

Está em nossa falta de tranquilidade para nos depararmos com certas situações.

Importante nos recordarmos de que, se colocamos a culpa no agente externo, nos eximimos de buscar solução.

Se nos iludimos pensando que o problema está no próximo e não em nós, nos colocamos no confortável papel de vítima, deixando de buscar a melhoria pessoal. 

Portanto, não nos cabe dizer que perdemos a calma, o sossego ou a paciência devido a comportamento de quem quer que seja.

Melhor será refletirmos para entender que precisamos modificar nosso jeito de ser, nossa maneira de agir.

Conscientes dessa necessidade, o passo seguinte será o de trabalhar essas virtudes em nós.

Investir no cultivo da paciência.

Esforçarmo-nos para que a calma ganhe maior lastro em nosso mundo íntimo.

Exercitar a tranquilidade para que ela seja mais duradoura em nós.

E, por fim, quando essas virtudes se tornarem realidade em nossa intimidade, viveremos mais felizes, no mundo, compreendendo as fraquezas alheias, desculpando comportamentos grosseiros, relevando calúnias e agressões de qualquer ordem.

Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita.
Em 18.10.2014.

 

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