Momento Espírita
Curitiba, 24 de Novembro de 2024
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ícone Onde? Quando? Por quê?

Um senhor, de idade avançada, chegou ao Pronto Socorro para fazer um curativo em sua mão, que apresentava um profundo corte.

Quando o médico iniciou o atendimento, percebeu que o idoso estava muito agitado, como se estivesse tomado de profunda afobação.

E, enquanto vagarosamente higienizava suas mãos antes de iniciar o procedimento, o senhor, contrafeito, asseverou: Vamos, meu filho, ande rápido com isso que eu estou com muita pressa!

O médico começou a cuidar do corte. O idoso, agitado, não conseguia permanecer muito tempo com a mão em repouso, dificultando o devido atendimento.

O médico ficou curioso a respeito do motivo de tamanha pressa e questionou o paciente, que respondeu:

Todas as manhãs eu visito a minha esposa, que está em uma casa de repouso, pois sofre do Mal de Alzheimer.

Agora eu entendi o motivo de tamanha pressa, disse o médico, não contendo um sorriso. Se nos demorarmos por aqui, ela poderá ficar preocupada com a sua demora!

Na realidade, ela já não sabe quem eu sou, disse, triste, o idoso. Há quase cinco anos não me reconhece mais.

Mas, então, por que tanta pressa e para que a necessidade de estar com ela todas as manhãs, se ela não o reconhece mais?

Com um sorriso terno e um grato brilho no olhar, o velhinho respondeu: Ela não sabe quem eu sou. Mas eu sei muito bem quem ela é... Ela é o amor da minha vida!

*   *   *

Num mundo em que o culto à aparência física, à beleza, à imagem se soprepõe a princípios morais e éticos; num mundo em que expressar o que se sente é sinal de fraqueza e ingenuidade, nos questionamos: Onde, quando e por que o amor?

O amor é, por excelência, o centro da missão do Cristo.

Jesus encarnou entre nós para que, através de Suas palavras e de Seus atos, pudéssemos aprender a amar.

Mas o que sabemos sobre o amor?Quasedois mil anos se passaram desde que Ele esteve, fisicamente, em nosso meio. E quão poucos de nós ultrapassamos as barreiras do orgulho e do egoísmo para vivenciarmos esse que é o sentimento mais sublime de todos.

O amor é um modo, uma filosofia de vida. O amor é um caminho a ser percorrido.

O amor é a fonte de todas as virtudes, pois que sem ele não há caridade, fé, resignação, benevolência, perdão, esperança.

O amor é o laço que nos liga a todos e nos direciona a um mesmo fim, por um mesmo meio e de uma mesma forma.

*   *   *

Onde o amor? Ele deve se fazer presente onde há guerra, onde há violência, onde há tristeza, dor, ódio, sofrimento, fome, angústia, desespero, solidão...

Quando o amor? Quando a fé vacilar, o desânimo se abater, o medo se aproximar, o orgulho prevalecer. Quando a saudade apertar, o coração se ferir, o egoísmo corroer...

Por que o amor? Porque o amor é o caminho certo a ser percorrido por todos aqueles que desejamos ser verdadeiramente felizes, termos paz, alcançarmos o equilíbrio, progredirmos, compreendermos Deus.

Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita.
Em 21.8.2014.

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