Você se questionou, em algum momento, por que age na sociedade de maneira correta?
Ou se indagou, alguma vez, o que o motiva a agir de acordo com as leis?
Ou, ainda, o que o leva agir buscando ter sempre a medida do respeito ao próximo?
Muitos responderiam a essas questões dizendo que o fazem por obrigação, ou por medo das penalidades previstas nas leis.
Porém, outros responderiam que se esmeram em agir, de maneira correta e adequada, simplesmente porque acham certo.
Para aqueles que assim pensamos, verificamos que não é a força de uma lei ou o temor de ser penalizado que rege nossa conduta.
Procedemos dessa forma porque temos a convicção de que é correto. Simples assim.
Certa feita, um jovem, ao tentar estacionar seu carro na rua, cometeu um deslize ao volante e acabou amassando a lataria do carro à frente.
A rua vazia, ninguém à vista, o horário adiantado colaboravam para que a ação não tivesse testemunhas.
Ele, contudo, sem titubear, escreveu breve bilhete, pedindo desculpas pelo acontecido, colocou seu nome e telefone para contato a fim de que pudesse acertar o conserto e deixou preso ao para-brisa do veículo com o qual colidira, embora de forma leve.
Nada externo o obrigou a assim proceder. Apenas o sentimento do dever, inscrito em sua consciência, conduziu aquele motorista à acertada ação.
Isso acontece conosco. Na medida em que amadurecemos, à proporção que entendemos melhor nossa relação perante a vida e o próximo, as atitudes corretas deixam de ser imposições. Simplesmente as realizamos.
Quando entendemos que as leis da vida maior são pautadas na justiça e respeito, passamos a exercitar tais valores em nosso dia a dia.
Então, não temos necessidade da legislação que coage e obriga.
Não teremos nossas ações pautadas pelo olhar vigilante de qualquer autoridade, ou porque as pessoas farão esse ou aquele comentário.
Nossas ações não serão traçadas pela vantagem que podemos ter, ou por ser a maneira mais conveniente naquele momento.
Tudo que fizermos terá por simples base a consciência e o dever.
Esse é o exercício que nos cabe: o esforço de bem agir, de maneira consciente e devida.
Para tal exercício basta, ao final de cada dia, repassando mentalmente as ações realizadas, perguntar a si mesmo, se alguém tem algo a dizer contra nós.
Revivendo cada atitude, cada diálogo, cada decisão tomada, verificaremos o certo realizado, o indevido concretizado, na curta jornada.
E, se em algum momento, tivermos dúvida da maneira correta de proceder, basta nos perguntemos como gostaríamos que outro agisse para conosco.
A resposta a essa pergunta nos dará o norte e a referência absolutamente correta.
Dessa forma, nesse exercício constante de análise e reflexão, iremos, aos poucos, construindo esse sentimento de dever, de justiça e responsabilidade em relação ao próximo.
A partir de então, a legislação mais justa e o juiz mais severo estarão dentro de nossa intimidade, convidando-nos sempre ao bem proceder.
Redação do Momento Espírita.
Em 30.7.2014.
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