Momento Espírita
Curitiba, 22 de Novembro de 2024
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Você conhece alguém que não queira ser feliz?

Já se deparou com quem quer que seja, que não tenha a clara convicção de que deseja ser feliz?

Salvo alguém com algum tipo de distonia emocional, todos temos esse profundo desejo.

Porém, o que nos faz felizes? O que efetivamente constrói a nossa felicidade e nos realiza?

Por incrível que pareça, muitos não sabemos definir o que nos proporciona felicidade.

Assim, como não refletimos sobre nossa felicidade, compramos a receita da felicidade alheia.

Por falta de um conceito próprio, compramos uma ideia de felicidade que não é nossa, na crença de que, com isso, seremos felizes.

Quantos escolhemos a profissão, simplesmente, pelo status que confere, pelo reconhecimento social ou pela possibilidade de enriquecer?

Esquecemos de que, antes de qualquer coisa, deve ser fonte de prazer, de realização pessoal, de um sonho de vida.

Como resultado, nos tornamos profissionais infelizes, insatisfeitos, contando os dias para a aposentadoria.

Quantos abrimos mão do convívio com a família, das horas de descanso com os filhos e cônjuge para trabalhar mais, enriquecer mais rápido, adquirir mais bens e aumentar nosso patrimônio?

Esquecemos, no entanto, que algumas alegrias e prazeres, embora não sejam contabilizados no patrimônio ou discriminados na declaração de bens, não possuem preço nem moeda que os compre.

Não percebemos que, assim agindo, nos tornamos pessoas abarrotadas de bens e vazias do essencial.

Alguns consumimos anos de nossa vida alimentando rancores e ódios, desejos de vingança e malquerença contra alguém por algum constrangimento, um desaforo, um deslize.

Fixamo-nos em um momento de nossa vivência emocional, e nos acorrentamos em uma história que ficamos a remoer, perdendo o ensejo de continuar a vida, de refazer valores e conceitos, melhorando e aprendendo com as situações infelizes.

Nem notamos como nos permitimos transformar em pessoas amargas, pessimistas, de difícil trato e convivência.

Construir a própria felicidade não é um processo simples.

Não é suficiente desejar ser feliz. É necessário agir para tanto, contruindo a felicidade com ações, fazendo as opções corretas e adequadas.

E, muitas das vezes, a felicidade nasce apenas no simplificar das coisas da vida.

Criamos a necessidade de possuir muitas joias, bens, objetos de arte, quando o importante é apenas ter a posse do necessário.

Abrimos mão de valores que são importantes, permitindo-nos corromper para atingir algum objetivo, quando o mais importante é ter a consciência tranquila.

Esquecemos de que somos seres imortais, em uma jornada passageira, iludindo-nos como se o mundo fosse a razão para tudo, perdendo até a esperança no amanhã.

E se fôssemos resumir qual a receita de felicidade possível nesse mundo aí estaria: a posse do necessário, a consciência tranquila e a fé no futuro.

Tudo o mais são as ilusões que construímos achando que serão elas que irão alimentar e manter a nossa felicidade.

Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita.
Em 2.8.2014.

 

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