Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone Um pouco de sol no escuro do quarto

Mãe é um pouco de sol no escuro do quarto..., disse, certa vez, um poeta inspirado, ao homenagear essa figura inigualável que o Criador escolheu para nos receber na Terra.

Ainda há tanta escuridão nos quartos de nossa alma... que qualquer pouco de sol faz verdadeira clareira de esperança.

São tantas incertezas, tantos medos, tantos ódios, tantos vícios... numa meia-noite, que parece congelada no relógio.

O tempo da escuridão parece que passa lento... ou não passa.

Alguns desistem de tudo, mas depois descobrem que é impossível fugir de si mesmos, e o breu continua... continua...

Mas Deus não deseja a escuridão, aliás, para Ele, ela é apenas a luz que ainda não é - o vir a ser lúmen.

Por isso enviou ao mundo as mães... Suaves raios de sol na escuridão de nossas vidas.

O amor da mãe, da mãe verdadeira, é o mais próximo que encontramos do amor do Criador, por isso é tão luminescente.

Em primeiro lugar ele recebe, ele acolhe - quem quer que seja, sem julgar, sem questionar, sem medir esforços.

Esse amor sustenta, não desampara, cuida, olha, amamenta, protege.

Mais tarde orienta, educa, direciona, ensina.

Muitas vezes socorre, atende, ampara.

E, enquanto vai fazendo isso, sem pedir nada em troca, vai mostrando ao mundo como se deve amar.

O raio de sol, além de iluminar, vai provocando em cada um a vontade de ser luz, como se nos lembrasse que somos feitos para brilhar, ou feitos pra amar.

Quem passa pela experiência da maternidade jamais é a mesma.

Tem a oportunidade de viver o amor num grau absolutamente encantador.

Muitos ódios de séculos se desfazem através da maternidade bem atendida.

Mágoas milenares perdem forças, dia após dia, mediante a envergadura moral desse tipo de amar, um amar que não tem volta, que jamais se esquece.

Mesmo vivendo diversas vidas, você sempre irá se lembrar desta que é hoje sua dedicada mãe. São amores que ficam gravados nas telas da alma, como a pintura dos grandes artistas, das quais jamais se esquece.

São fotografias que tiramos com o coração e colecionamos através dos séculos e, quanto mais álbuns de mães nós temos, mais gratos somos à vida, ao Criador.

Mãe é um pouco de sol no escuro do quarto.

E quem não abraça essa missão com a seriedade e paixão que ela merece, perde chance inestimável de existência.

Perde a oportunidade de servir ao mundo como Cristo tão bem serviu, sem interesses próprios, sem egoísmo, sem orgulho algum.

Carregar alguém nos braços, enquanto esse alguém ainda não sabe caminhar, é gesto grandioso, é gesto divino. É simbólico também.

Simboliza o amor daquele que é maior, carregando o menor, não o desmerecendo, não o humilhando, mas o promovendo e depois, a seu tempo, ensinando-o a andar por si só.

Jesus fez isso conosco. Jesus é o irmão mais velho, ao mesmo tempo, pai e mãe, pela experiência, e pela segurança que transmite.

Ele ainda está conosco, e sorri emocionado toda vez que percebe a grandeza do amor no coração de uma mãezinha do mundo.

Redação do Momento Espírita.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 28, ed. FEP.
Em 8.5.2023.

 

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