Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone Violência de Jesus

Alguns episódios da vida de Jesus, escritos nos Evangelhos, de forma sucinta, quando lidos de forma rápida, podem nos conduzir a entendimentos estranhos.

Vejamos o caso dos vendilhões do Templo.

Comumente, narra-se que Jesus foi ao Templo de Jerusalém e, no átrio, encontrou homens vendendo bois, ovelhas e pombas. Também cambistas, sentados às suas mesas.

Indignado por ver assim profanada a casa de oração, fez um chicote de cordas e expulsou a todos, com suas mercadorias.

Espalhou pelo chão o dinheiro dos cambistas e lhes derrubou as mesas.

Considerando que o Senhor Jesus é o Espírito mais perfeito que a Terra já recebeu; lembrando que Ele é nosso modelo e guia, repugna à razão vê-lO transfigurado em um homem possuído pela ira.

Aquele que falou: Se alguém te bater na face direita, oferece-lhe também a outra, como poderia dar mostras de impulsividade e agressão?

Jesus deixou impressas suas palavras e sua passagem pela Humanidade através do exemplo, virtude encarnada que era em um corpo de homem.

O que se deve entender é que, com certeza, entrando no Templo e observando o intenso comércio que ali se fazia, penetrou com Seu olhar os vendilhões.

Sua presença era temida, pois todos sabiam que Ele falava com a autoridade moral de que era portador.

Suas palavras soaram para aquelas consciências como chibata cortante: Que fizestes da casa de meu pai: um covil de ladrões?

Assim, com a consciência a lhes requeimar, desejaram fugir àquela presença serena, porém enérgica.

Por isso, começaram a se movimentar, buscando as saídas.

Na pressa, foram derrubando gaiolas, mesas, esbarrando nos animais e caindo.

Para quem os visse de fora, correndo apressados, deve ter parecido que o Cristo os expulsara.

E, para quem penetrasse o átrio do Templo, o local do comércio, e visse as mesas derrubadas, mercadorias espalhadas, fácil seria concluir que o Cristo é que promovera toda a desordem.

É sempre necessário extrair o espírito da letra, pois, como afirmava Paulo de Tarso, o Apóstolo dos gentios: A letra mata, o Espírito vivifica.

Jesus, a mansuetude por excelência, jamais desceria ao plano humano da agressividade.

Da Sua boca somente brotaram palavras de condução ao bem. Enérgicas sim, mas nunca desprovidas de amor.

Extraia-se do episódio o ensino que é de não se praticar a simonia, isto é, não comercializar com as coisas sagradas.

O ensino a respeito de Deus, a prece, as bênçãos espirituais, são coisas sagradas, sobre as quais nada deve ser cobrado, jamais.

Dar de graça o que de graça se recebe – eis a norma e a conduta corretas, preconizadas pelo Mestre do amor, da mansuetude e da sabedoria.

 

Você sabia?

 

...que o Templo de Jerusalém era tão imponente que sua torre possuía cinquenta metros de altura, o equivalente a um edifício de quinze andares?

...que era recoberto de todos os lados por espessas placas de ouro, que refletiam a luz do sol com tal intensidade que obrigava as pessoas a retirar os olhos, como diante dos raios do sol?

Possuía nove portões. Cada portão, com duas portas de quinze metros de altura e sete metros e meio de largura cada uma.

 

Redação do Momento Espírita.
Em 24.4.2014.

 

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