Momento Espírita
Curitiba, 22 de Novembro de 2024
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ícone Matrimônio e amor

O casamento, ou seja, a união permanente de dois seres, é um progresso na marcha da Humanidade.

A partir do momento em que o homem abandona a poligamia e se encaminha para a monogamia, solidificam-se as afeições. O respeito pelo outro adquire foro de cidadania.

O casamento implica o regime de vivência pelo qual duas criaturas se confiam uma à outra, no campo da assistência mútua.

Essa união reflete as Leis Divinas que permitem seja dado um esposo para uma esposa, um companheiro para uma companheira, um coração para outro coração, na criação e desenvolvimento de valores para a vida.

O símbolo da união, normalmente, é uma aliança ou anel. A tradição do anel de diamantes para noivas começou em 1477, quando Maximiliano da Áustria pediu Mary de Borgonha em casamento.

Muito tímido e sem saber como falar com a jovem, Maximiliano pediu um conselho a um parente mais velho, que recomendou que o príncipe deveria oferecer a Mary um anel com diamantes.

O conselho foi seguido e a tradição surgiu.

No século XVIII, o anel com diamantes, usado à frente da aliança, era considerado o guardião do casamento.

Apesar de todos esses símbolos de eternidade, o casamento anda muito pouco considerado.

As pessoas já se casam supondo que, se não der certo, descasam. Não cogitam de como o outro se haverá de sentir ao ser abandonado. Nem mesmo como se sentirão os filhos, após a dissolução da união.

Acontece que milhões de almas que se encontram no planeta estão algemadas a débitos perante a lei de causa e efeito.

Os débitos contraídos por legiões de companheiros da Humanidade, com entendimento ainda verde para os temas do amor, determinam a existência das uniões supostamente infelizes.

Nesses casos, temos as ligações francamente expiatórias, com base no sofrimento.

É forçoso reconhecer que, no mundo, na grande maioria dos casos, as conjugações afetivas têm raízes em princípios cármicos.

Quando as obrigações mútuas não são respeitadas no ajuste, surgem as separações, as dissoluções matrimoniais.

Falta-nos um tanto mais de esforço, pois é difícil a criatura que decline de seus desejos e vontades, num processo de renúncia para o bem da união.

Cada qual pensa em continuar a ser depois do casamento exatamente como era antes. As mesmas atividades, idêntica liberdade de ir e vir.

Ora, o matrimônio pressupõe um compromisso onde um atende as necessidades do outro e tem responsabilidades comuns. Não que se deva abandonar amigos e atividades. Contudo, refazer horários e disposições.

A ligação deve se basear na responsabilidade recíproca, pois no casamento um ser se entrega a outro ser em totalidade. E não pode haver qualquer desconsideração entre si.

Amor feito de respeito, amizade, afeto, longos diálogos. Assim se constitui e se mantém um casamento.

*   *   *

Foi na Grécia antiga que surgiu a tradição do uso da aliança e do anel de casamento no quarto dedo da mão esquerda. É que a Vena Amoris, a veia do amor, segue desse dedo em direção ao coração.

Na simbologia do anel, a mensagem do amor que deve reger as relações entre o casal.

Os gregos consideravam o diamante como a constante chama do amor.

*   *   *

Pensa, refletindo, antes de casar. Reflexiona, porém, muito antes de debandar, após assumidos os compromissos.

 

Redação do Momento Espírita, com base no cap.7, do
livro
Vida e sexo, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco
Cândido Xavier, ed. FEB e no verbete
Casamento, do livro Repositório
de sabedoria, v.1, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de
Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 31.1.2014.

 

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