Francisco de Assis, referindo-se a ela, em sublime alegria, entoou a canção de amor e fraternidade, o Cântico das Criaturas, nos seguintes versos:
Sê louvado, Senhor, pela irmã água tão útil, tão humilde, preciosa e casta.
Louvai, agradecei e bendizei ao Senhor. E a Ele servi com grande humildade e amor.
Nestes dias em que estamos sendo alertados do problema da escassez de água potável no mundo, devido ao aumento da população mundial e a degradação do meio ambiente, os versos do suave cantor de Assis nos levam a meditar.
Temos disponível hoje apenas 3% de todo o manancial existente na Terra e, com certeza, é necessário preservar o líquido precioso, a linfa que mantém a vida.
Diante da escassez da água doce no planeta, lembremos que o amor a Deus significa o respeito e a ação preservadora da vida em todas as suas expressões.
Somos responsáveis pela natureza, não a agredindo, antes contribuindo para o seu desenvolvimento e harmonia, expressando assim o amor que coopera com a obra Divina.
Deus criou a água pura e cristalina e esse líquido brilha em nossos caminhos fomentando a vida.
A água representa 60% do nosso peso corporal. Ela é tão importante que a perda de 20% do conteúdo do líquido acarreta a morte.
Esse precioso líquido serve também como regulador da temperatura de nosso corpo e uma de suas propriedades mais características é a de dissolver numerosas substâncias formando soluções.
A água é um bem Divino. O mar equilibra a nossa moradia planetária. Graças às chuvas regulares, desenvolve-se a agricultura e vivem as plantas, os vegetais, os animais, nutrindo-nos a própria vida.
Os rios são fonte de organização das cidades. O aparecimento de povoados e cidades sempre esteve ligado à presença da água.
Verificando a História, constataremos que o Império romano de há dois mil anos já conhecia e se utilizava das águas minerais para tratamento de seus males. Hábito que foi resgatado no Século XIX, pelos ingleses, a partir do que foram feitas também pesquisas científicas sobre a eficácia dessas águas minerais.
Por tudo isso, pensemos na beleza das águas, meditando num córrego em festa, num lago de azul sereno, numa fonte cantante e abençoemos a linfa preciosa com gratidão.
Unamo-nos à voz do autor de o Cântico das Criaturas, agradecendo a Deus pela dádiva da chuva, das cascatas que se lançam de grandes alturas, dos filetes de água que logo mais se transformarão em riachos abundantes de vida.
Sê louvado, Senhor, pela irmã água tão útil, tão humilde, preciosa e casta.
Você sabia?
Você sabia que a água é dos mais poderosos veículos para os fluidos de qualquer natureza?
E você sabia que em nossas mãos ela pode se tornar alimento de amor?
Quando alguém nos pedir um copo d’água para saciar a sede, podemos colocar nela, através de nossas vibrações, uma benéfica transfusão de vida, saúde e paz.
Por isso mesmo Jesus nos disse: Qualquer que tiver dado só que seja um copo d’água fria, por ser meu discípulo, em verdade vos digo que, de modo algum, perderá a sua recompensa.
Redação do Momento Espírita, a partir do texto O
valor da água em nossa vida, de Maria Anita Rosas
Batista, da revista Presença Espírita, janeiro/fevereiro
de 2002, ed. LEAL e citação do Evangelista Mateus,
capítulo 10, versículo 42.
Em 16.1.2014.
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