Momento Espírita
Curitiba, 24 de Novembro de 2024
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ícone Pluralidade dos mundos habitados

Conhece-se a árvore pelos frutos. Isso significa que pelos efeitos se pode aquilatar a qualidade da causa.

Deus é a Inteligência Suprema e a Causa primária de todas as coisas.

Pelo raciocínio, é possível concluirmos que Deus deve possuir todas as virtudes em seu grau máximo.

Caso contrário, poderia ser ultrapassado, em qualquer dessas virtudes, por outro ser.

Se fosse assim, esse ser é que seria Deus, a entidade suprema do Universo.

Mas, se Deus é infinitamente perfeito, por qual razão Sua obra parece tão repleta de falhas?

Ele criou a Humanidade, mas há tanta maldade no mundo: violência, corrupção, crueldade...

Haverá compatibilidade entre a perfeição divina e a aparente imperfeição de Sua obra?

Nesse particular, cabe-nos ter em mente um ensino do Mestre Jesus: Há muitas moradas na casa de meu pai.

A Casa do Pai é o Universo.

As diferentes moradas são os mundos que circulam no espaço infinito.

Essas moradas possuem características correspondentes ao estado evolutivo dos Espíritos que nelas habitam.

Se alguém julgar um país apenas com base em um hospital, pensará que nele só há doentes.

Se a análise levar em conta a população de um presídio, a conclusão será de que a nação é composta por criminosos.

Equívoco semelhante comete quem julga a Humanidade apenas com base nos habitantes da Terra.

São inumeráveis os mundos e em diversos estágios evolutivos.

Quanto mais evoluído o Espírito, melhor o mundo que ele habita.

Existem mundos primitivos, de provas e expiações, de regeneração e paz, ditosos e celestes ou divinos.

Nos mundos primitivos, reinam soberanas as paixões e a vida moral é quase nula.

A Terra foi, um dia, um mundo primitivo. Na atualidade, qualifica-se como de provas e expiações, encaminhando-se para mundo de regeneração.

Os seres que a habitam, em sua maioria, possuem inteligência desenvolvida.

Contudo, são muito viciosos ainda, o que evidencia sua imperfeição moral.

Por força dos vícios de seus habitantes, na Terra, o mal predomina e as dores se avolumam.

Os que vivemos neste planeta somos os responsáveis pela sua melhoria. Quando os homens de bem forem em maior número, a face do mundo será diferente da atual.

Os mundos evoluem de um estágio a outro e os Espíritos não se encontram sempre vinculados a um planeta.

Isso explica porque almas nobres e generosas não são comuns em nosso meio.

Quando um Espírito passa a merecer paz e felicidade, ele é encaminhado a um mundo compatível.

A partir daí, somente nasce em locais inferiores em missão de amor.

Assim, a obra divina, que se reflete na Humanidade terrena, está em processo de elaboração.

Com o tempo, absolutamente todos os Espíritos serão puros, em sabedoria e bondade.

Mas essa pureza é fruto do esforço próprio.

O convite é para que nos tornemos um fator de progresso e harmonia, apressando a transformação desse nosso planeta azul em um mundo onde se fale mais de paz e menos de guerras.

Onde se viva mais a solidariedade do que o isolamento e o egoísmo.

Onde, enfim, nos vejamos todos como filhos do mesmo Pai, irmãos de uma mesma e imensa família.

Redação do Momento Espírita, com base no
cap. III, do livro
O Evangelho segundo o
 Espiritismo, de Allan Kardec, ed. FEB.
Em 5.2.2024

 

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