Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone O jogo mais caro da história

Eis o título da matéria de um periódico de alcance nacional, apresentando o lançamento de um esperado jogo de videogame.

O game, que está no seu quinto volume, declara-se como o mais caro de todos os tempos, pelas mais de duas centenas de milhões de dólares que custou para ser desenvolvido.

Porém, o que é realmente preocupante, e que sairá muito caro para a sociedade, é o seu conteúdo extremamente violento.

A matéria afirma que nas cenas mais leves do jogo, o jogador tem de atirar em policiais e roubar inocentes, e nas mais pesadas, sequestra e tortura um personagem usando um alicate.

Ficamos a pensar: estamos no Século XXI, cansados de guerras, aterrorizados pela violência do mundo, buscando encontrar soluções de todas as formas para ela mas, ao mesmo tempo, querendo brincar de ser maus, brincar de trazer a violência para dentro de casa?

Sim, pois é isso que os jogadores afirmam. Que se trata de uma brincadeira, de um simulador num mundo virtual.

Os criadores do game em questão contam, orgulhosos, que a ideia surgiu quando, num outro simulador, controlando um carro de polícia pelas ruas, perceberam que era muito mais divertido atropelar pessoas do que perseguir criminosos.

Isso não é diversão, mas sim, doença, psicopatologia. E o mundo reverencia psicopatas e alimenta sua criatividade mal direcionada.

O brinquedo em questão só é recomendado para maiores de dezoito anos e é proibido em diversos países. Mas quem é capaz de fazer esse controle?

Sim, já pode estar em nossos lares, influenciando negativamente nossos filhos.

Muito se discute se tais jogos violentos influenciam ou não no temperamento e na atitude das crianças e jovens.

Será que precisamos de pesquisas para entender que sim?

Se esse tipo de tema nos atrai, se sentimos vontade de assumir papéis de criminosos, de torturar pessoas, de atropelar inocentes, mesmo que num mundo virtual, não será sinal de que alguma semente ou tendência nós possuímos?

Não precisamos ser grandes estudiosos para entender tão simples raciocínio.

Há muitos casos atuais mostrando que alguns jovens têm se viciado tanto em games como esse – pois, infelizmente, esse não é o único – que, depois de um tempo, começam a ter dificuldade em distinguir o real do virtual.

Precisamos rever nossos gostos. Precisamos educar e proteger nossos filhos, nossos jovens.

A violência precisa ser tratada e erradicada em todas as esferas.

Alimentar a mente com cenas violentas, com atos criminosos e grotescos é jogar lixo tóxico para dentro da alma.

Talvez num primeiro momento não percebamos os reflexos disso, mas o lixo se acumula, o lixo se impregna nas cordas íntimas do Espírito, até chegar a fazer parte de nós.

É por isso que um jogo, um dito simples jogo, que pode despertar no fundo da alma resquícios de um passado que viemos aqui para superar, representa perigo iminente, representa ameaça à paz da nova geração.

Pensemos sobre isso, sobre como pode sair realmente caro esse brinquedo, para todos nós, sociedade em desenvolvimento, que ainda busca se curar das chagas abertas pela impiedosa e insistente violência.

 

Redação do Momento Espírita.
Em 15.11.2013.

 

 

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