Momento Espírita
Curitiba, 22 de Novembro de 2024
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ícone Um companheiro incomparável

Para muitas criaturas humanas, Deus ainda é alguém a ser descoberto. Alguns dizem crer nEle mas, não sabem exatamente como isso lhes possa melhorar a qualidade de vida.

Outros simplesmente afirmam crer na Sua existência como algo distante, ou Alguém que fica observando o que se passa no Universo, como um mero espectador.

Inserir Deus no contexto da própria vida é algo que exige reflexão e entendimento. Por isso, alguém que começou a se deixar penetrar pela ideia desse Pai amorável, justo e bom, escreveu um dia:

Em princípio, eu via Deus como um observador, um juiz que não perdia de vista as coisas erradas que eu fazia. Desse modo, quando eu morresse, Ele saberia se eu mereceria ir para o céu ou para o inferno.

Ele estava sempre lá, como um presidente. Eu reconhecia a imagem dEle quando a via, mas não O conhecia de verdade.

Mais tarde, quando O conheci melhor, pareceu que a vida era como um passeio de bicicleta para duas pessoas e percebi que Deus estava no banco de trás, me ajudando a pedalar.

Não me lembro quando Ele me sugeriu que trocássemos de lugar. A partir desse momento, a vida não foi a mesma...

A vida, com o Seu poder superior, tinha se tornado muito mais excitante.

Quando eu detinha o controle, sabia o caminho. Era um tanto entediante, mas previsível – sempre a distância mais curta entre dois pontos.

Mas quando Deus assumiu a liderança, porque Ele conhecia atalhos maravilhosos, passei a subir montanhas e atravessar terrenos pedregosos em velocidade vertiginosa!

Tudo que eu podia fazer era seguir em frente!

Embora tudo aquilo parecesse loucura, Ele ficava dizendo: “Pedale, pedale!”

Eu ficava preocupado e ansioso e perguntava:

“Afinal, para onde o Senhor está me levando?”

Deus apenas sorria e não me dava uma resposta. Foi aí que me vi começando a confiar nEle. Logo me esqueci da minha vida entediante e comecei a participar da aventura.

Quando eu dizia que estava assustado, Ele se virava para trás e tocava minha mão.

Deus me levou até pessoas com dons de que eu precisava: dons da aceitação e da alegria, dentre outros.

Essas pessoas me deram ajuda para prosseguir na minha jornada. Quer dizer, nossa jornada, de Deus e minha.

E prosseguimos sempre pedalando. Então, Ele me disse: “Doe o que você tem de seu, toda a bagagem extra, pois pesa demais.”

Descobri que quanto mais eu dava, mais eu recebia. E, além disso, o meu fardo ficava mais leve.

O Senhor conhecia os segredos da bicicleta. Sabia como incliná-la para fazer curvas fechadas, pular para evitar lugares cheios de pedras, aumentar a velocidade para encurtar os caminhos difíceis.

Aprendi com Ele a pedalar nos lugares mais complicados e a apreciar a paisagem e a brisa fresca em meu rosto. Tudo com o meu ótimo e constante companheiro, Deus.

E quando estava certo de que não podia mais seguir em frente, Ele apenas sorria e dizia: “Pedale.”

*   *   *

A presença de Deus em nossas vidas proporciona paz, aumentando as resistências humanas para os embates cotidianos.

Sutil e poderosa ao mesmo tempo, é um dínamo gerador de energias que recarrega as baterias da alma, da mente e do corpo, mantendo-os em condições estáveis de equilíbrio e ação.

A presença de Deus em nossas vidas nos permite pensar corretamente, falar com sabedoria e agir com precisão.

Com Deus, o temor desaparece, oferecendo lugar à coragem, que expressa bem-estar e segurança íntima.

 

Redação do Momento Espírita, com base no texto Pedalando com Deus,
de autoria ignorada e pensamentos finais do cap. 11, do livro
Filho de Deus,
pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco,
ed. LEAL.
Em 13.11.2013.

 

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