Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone A César e a Deus

Narra o Evangelho de Mateus que, quando os inimigos de Jesus O tentaram envolver em uma contradição, acerca da legalidade ou não do pagamento do tributo ao Imperador de Roma, o Excelso Mestre assim concluiu o ensino:

Dai, pois, a César, o que é de César e a Deus o que é de Deus.

A resposta nos conduz a profundas reflexões.

César e Deus podem significar o humano e o Divino, o material e o espiritual.

Normalmente, por vivermos no mundo carnal, nos afadigamos pela conquista de coisas materiais. Isso porque este mundo muito nos exige para a sobrevivência e o desfrutar de algum conforto.

Assim, aplicamos todas as horas, ou grande parte delas, aos compromissos materiais. Mesmo quando nos dispomos ao repouso, nosso objetivo é o de refazer as forças para a luta do dia seguinte que nos aguarda, com a mesma ou maior intensidade.

Envolvidos no cotidiano, programamos a nossa vida como se ela jamais viesse a se extinguir pela desencarnação.

Elegemos um culto exagerado ao corpo, imaginando que dele não mais nos haveremos de apartar. Nesse afã, gastamos horas inúmeras com a seleção das mais aprimoradas dietas, os exercícios físicos apropriados, vitaminas, ervas, banhos.

Naturalmente, ao sermos surpreendidos pela morte física, pela falta de hábito de elevação, poderemos prosseguir na fixação perturbadora e ilusória de que a morte não nos ceifou o corpo, permanecendo ao seu lado.

Como homens, vivemos em sociedade e temos deveres para com ela. Necessitamos cumprir com nossa parte para o progresso de todos.

E ninguém pense que fugir do mundo, sob o pretexto de servir a Deus, se justifique. O Mestre Jesus nos deu os exemplos de como viver no mundo, servindo aos homens.

Ele participou das bodas de Caná, santificando-as com Sua presença. Foi à casa de um cobrador de impostos, honrando-lhe o lar.

Mais de uma vez hospedou-Se na chácara dos irmãos de Betânia. Ouviu a mulher equivocada, lecionando-lhe honradez. Foi ao templo e à sinagoga, sem preconceito de espécie alguma. Participou das festas habituais do povo, sem Se permitir envolver em paixões.

Tudo fez com naturalidade, discrição e honorabilidade.

*   *   *

Aprendamos com Jesus. Em nossos dias, dediquemos a Deus um momento de reflexão, uma hora de misericórdia para com os Seus filhos.

Encaminhemos a Deus nossa dádiva, ofertando-nos ao próximo.

Vivamos no mundo, amando a vida e servindo ao mundo sem escravidão. E canalizemos para Deus os nossos recursos morais, trabalhando nossa intimidade espiritual, imperecível, imortal.

*   *   *

Você sabia que o nascimento de Jesus foi anunciado por cânticos celestes e informado aos pastores com a notícia de muita alegria?

E sabia que Jesus encerrou o Seu messianato, entre os homens, em plena luz do dia, em glorioso encontro na natureza, desaparecendo aos olhos de quinhentos discípulos?

Dessa forma, nos ensinou que a vida é um poema de júbilos em nome do amor.

Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 17, do
 livro
Momentos de Esperança, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
 psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 7.1.2023.

 

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