Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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Quando o mensageiro celeste anunciou a Boa Nova aos pastores, no campo, assim se expressou: Eis que vos anuncio uma grande alegria, que terá todo o povo.

Nasceu, na cidade de Davi, O Salvador, que é o Cristo Senhor.

E, ante o assombro dos ouvintes que, com certeza, deveriam estar a se indagar onde exatamente estaria o menino, como O reconheceriam, arrematou:

E eis o que vos servirá de sinal: encontrareis um menino envolto em panos e deitado numa manjedoura.

Os magos, por sua vez, viram surgir a estrela e a seguiram, até adentrarem a cidade e, como assinala o Evangelista Mateus, entrando na casa, encontraram o menino com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, O adoraram.

Nos tempos primeiros, os seguidores de Jesus se identificavam uns aos outros, desenhando no chão, na pedra, a figura de um peixe.

Mais tarde, o símbolo da cruz passou a identificar os seguidores do Cristo. Eles a portavam ao pescoço, à cintura, ou entre seus pertences.

Quando o grande Gamaliel, rabino de Israel, foi visitado por Saulo de Tarso, após a sua radiosa visão do Cristo, na estrada de Damasco, lhe entregou o original dos escritos de Mateus.

A preciosidade lhe fora presenteada pelo Apóstolo Pedro, quando visitara a Casa do Caminho, em Jerusalém.

Para Gamaliel, esses originais seriam o passaporte para a entrada de Saulo na Casa do Caminho, no futuro. Ou seja, ao vê-los, Pedro reconheceria que Gamaliel acreditava na conversão de Saulo às fileiras de Jesus.

Em todos os tempos, as casas reais e as dinastias estabeleciam os símbolos que os haveriam de identificar.

A flor de Lis representou a realeza francesa. Estilizada, foi utilizada como símbolo do Priorado de Sião, sociedade que remonta ao ano de mil e noventa e nove.

*   *   *

Quando o Mestre Jesus profere Suas exortações aos Apóstolos, assim se expressa: Dou-vos um novo mandamento: que vos ameis uns aos outros, e que, assim como eu vos amei, vos ameis também uns aos outros.

Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros.

Eis a senha pela qual os seguidores de Jesus devem ser reconhecidos, em todos os tempos. Nem pela empáfia, nem pelo orgulho, nem pelo se expressar de forma extraordinária, nem por dominar de memória todos os textos da Boa Nova.

Somente pelo amor. E, como diz o Espírito Lázaro, em O Evangelho segundo o Espiritismoquando Jesus pronunciou a divina palavra - amor, os povos sobressaltaram-se e os mártires, ébrios de esperança, desceram ao circo.

Através dos tempos, muitos dos que nos dizíamos cristãos, nos servimos do poder para subjugar outros irmãos, simplesmente por não comungarem dos nossos mesmos ideais.

É tempo de revermos nossas condutas e de aprofundarmos reflexões sobre o pensamento do Cristo: Os meus discípulos serão conhecidos por muito se amarem.

Seja esse o nosso sinal. Seja essa a nossa senha, em todas as circunstâncias: o amor.

Tendo Jesus como modelo do amor, exercitemos a nossa capacidade de nos querermos bem.

Mostremos ao mundo que somos discípulos do Senhor das estrelas, que nossa senha de luz é o amor.

 

Redação do Momento Espírita, com base no
Evangelho de Mateus, cap.2, vers. 11; no Evangelho de Lucas,
cap. 2, vers. 10 a 12; no Evangelho de João, cap. 13, vers. 34 e 35 e
no cap. XI, item 8 de
O evangelho segundo o espiritismo, de Allan Kardec,
ed. FEB.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 26, ed. FEP.
Em 9.9.2014.

 

 

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