Momento Espírita
Curitiba, 22 de Novembro de 2024
busca   
no título  |  no texto   
ícone A empatia comunica o amor

Todos nós, pais, amamos nossos filhos e queremos o melhor do mundo para eles.

Temos essa certeza dentro de nós e só Deus sabe o que somos capazes de fazer, de passar, de suportar, por amor aos nossos pequenos.

Mas será que estamos comunicando esse amor de forma correta? Ou melhor: será que nossos filhos sentem que os amamos tanto assim?

Ah, mas eu digo sempre!

Entretanto, será essa forma, puramente verbal, suficiente e a única existente?

Vamos descobrir que não, e mais, que podemos amar nossos filhos, sim, mas que podemos não estar comunicando esse sentir de forma adequada a eles.

São muitas as formas de demonstrá-lo, e uma delas, de suprema importância, é a empatia. A empatia comunica o amor.

A empatia estimula a proximidade terna, a intimidade e elimina a solidão.

Assim como a empatia aproxima seu filho de você, também aproxima você dele. Quando nos colocamos no lugar de outra pessoa, quando realmente conseguimos captar o seu ponto de vista, repentinamente acontece algo: o comportamento dessa pessoa passa a ter sentido.

Vejamos um exemplo simples, mas significativo:

Karen, uma menina de três anos, fica com medo do barulho supersônico de um avião e corre chorando para a mãe.

Na reação típica, a mãe diz: Ora, minha filha, é apenas um barulho supersônico feito por um avião. Você não precisa ter medo.

Essa tentativa de tranquilizar a criança diz, em essência: Não tenha esse sentimento de medo. Não há necessidade de ter medo do barulho de aviões.

Evidentemente, a mãe tenta acabar com o medo por meio de uma explicação lógica. Mas os barulhos muito fortes são realmente assustadores para crianças pequenas, qualquer que seja a sua causa.

A lógica acaba com a empatia, nesse caso. E Karen não se sente compreendida. As explicações são mais úteis depois de se ter lidado com os sentimentos.

No momento dos sentimentos fortes, a primeira necessidade é de compreensão. As explicações podem ficar para depois.

Na reação empática, temos: a mãe de Karen abraça a filha e fala: Meu Deus, foi um barulhão. É terrível!

Nesse breve momento, a mãe de Karen entra no mundo atemorizado da filha e mostra que a compreende.

A resposta empática diz a Karen: Mamãe está comigo. Ela sabe como me sinto.

Quando a criança sabe que seu medo é compreendido, ela é mais capaz de ouvir a razão lógica para a causa do medo.

A empatia é ouvir com o coração e não com a cabeça. Se a resposta empática é dita em tom frio, neutro, a criança não se sente compreendida.

Possivelmente, já devemos ter relatado uma experiência a outra pessoa, que nos respondeu assim: É... deve ter sido difícil para você...

Nós sabemos quando esse dizer é verdadeiro ou apenas pro forma. Quando ele é verdadeiro, nós nos sentimos compreendidos e não há nada melhor do que se sentir assim, não é?

Precisamos, como pais, mergulhar com mais frequência, no mundo dos sentimentos de nossos filhos. Só assim eles se sentirão amados. Só assim eles irão se sentir amparados.

Isso é ser companheiro de uma vida! Isso é amar! a empatia comunica o amor.

 

Redação do Momento Espírita,com base no cap.12, do
livro
Autoestima de seu filho,de Dorothy Corkille Briggs, ed.
Martins Fontes.
Em 14.10.2013.

 

Escute o áudio deste texto

© Copyright - Momento Espírita - 2024 - Todos os direitos reservados - No ar desde 28/03/1998