Em nossos lares e escritórios, é comum dispormos de uma caixa de primeiros socorros, para eventuais pequenas emergências, resultantes de descuidos ou invigilâncias.
Para a nossa intimidade, também uma caixinha de primeiros socorros se faz importante. Naturalmente, seu conteúdo deverá ser um pouco diferente.
Vejamos o que ela deveria conter: um palito, um elástico, um curativo, um lápis, uma borracha, um chocolate e um saquinho de chá instantâneo.
Para que servirá tudo isso? Vamos por partes: o palito servirá para nos lembrar de escavar, nas pessoas da nossa convivência, todas as qualidades que elas têm e, assim, melhor conviver com elas.
O elástico será para nos lembrar de sermos flexíveis, já que nem as coisas, nem as pessoas são sempre da maneira como gostaríamos que fossem.
O curativo haverá de nos ajudar com sentimentos feridos. Tanto os nossos, causados pelos que amamos, e quase sempre sem se aperceberem, bem como os sentimentos dos demais, tantas vezes atingidos pela nossa forma de ser e agir.
O lápis servirá para que anotemos, todos os dias, a quantidade enorme de bênçãos que nos chegam: o calor do sol, a frescura da chuva, o benefício dos ventos, o perfume das flores, o ar que respiramos, o alimento que nos sustenta, as roupas que nos protegem das intempéries, as pessoas que se constituem em nossas alegrias. E tudo o mais que pudermos recordar.
A borracha será bastante útil para nos lembrar que todos cometemos erros e, da mesma forma que desejamos que os outros nos desculpem, também devemos apagar registros do que de errado fizeram conosco.
O chocolate é para recordar que todos necessitamos da doçura de um afago, de um beijo e de um abraço diariamente.
E o saquinho de chá? Bom, esse será para que tomemos um tempo, relaxemos e façamos uma lista de todos os que nos amam, iniciando por Deus, nosso Pai, que nos criou e que todos os dias nos envia as Suas mensagens de amor.
E, aproveitando esse tempinho, nos lembremos de que pode ser que para o mundo sejamos apenas alguém, mas para uma pessoa, que pode ser um filho, a esposa, o namorado, a mãe, um amigo, ou até mesmo para um animal de estimação, sejamos todo o seu mundo...
E, então, que tal providenciarmos essa caixinha de primeiros socorros para as nossas vidas?
* * *
No trato com os demais, observemos sempre as suas boas qualidades, relevando os traços que ainda não foram burilados.
Sustentemos as nossas amizades no clima da confiança, compreendendo as faltas alheias e as desculpando, porque, em essência, essa é a forma de amor que reeduca, promove e ergue as criaturas a alturas maiores.
Ofereçamos sempre a nossa melhor parte. Doemos a mais importante cota de que sejamos portadores, o que, em palavras mais simples, se traduz por amor.
Redação do Momento Espírita, com base em
texto de autoria ignorada.
Em 10.9.2013.
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