Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone Pessoas doces

Você já percebeu como é fato comum, corriqueiro mesmo, taxarmos algumas pessoas como doces?

É do linguajar coloquial dizermos que fulano é um doce de pessoa ou, ainda, que beltrano é uma doçura.

Se analisarmos literalmente a expressão, nos parece um tanto estranho que alguém possa nos causar a impressão de ser doce.

Porém, talvez mais surpreendente seja o fato de que, ao ouvirmos essa colocação a respeito dessa ou daquela pessoa, muitas vezes concordamos e logo entendemos a lógica de tal colocação.

Mas, de onde nasce a doçura de alguém? Como nos tornamos doces ou como provocamos essa impressão de doçura naqueles com quem nos relacionamos?

Na verdade, a doçura é a maneira simples, popular, descontraída, de avaliarmos a delicadeza do comportamento, a pureza do sentimento ou mesmo a preocupação da ação em relação ao próximo.

Pessoas doces são aquelas para as quais a preocupação com o semelhante, com o seu bem-estar, com seus sentimentos e dificuldades sempre estão presentes.

A doçura está, muitas vezes, no silêncio de um olhar, na expressividade de um toque, na singeleza de um breve bilhete cheio de significado.

A doçura não é ação premeditada, muito menos roteiro a ser seguido. É apenas o reflexo dos valores da alma, que se externalizam em ações de bondade e carinho para com o próximo.

Pessoas doces simplesmente são. Desconhecem, quase sempre, que suas atitudes conseguem adoçar vidas, alegrar dias, suavizar dores.

Oferecem ao próximo aquilo que já conquistaram, presenteando todos com quem se relacionam, com sua afabilidade e doçura.

Para aqueles de nós que ainda não conquistamos tal virtude, servem-nos elas de exemplo e referência no trato pessoal.

Não raro expressamos nosso azedume, ou nos tornamos espinhos no trato com o próximo e, inúmeras outras vezes, deixamos apenas um sabor amargo junto àqueles com quem nos relacionamos.

Porém, mudar os sabores com que temperamos nossos dias é uma questão de escolha e decisão pessoal.

Coloquemo-nos no lugar daquele ao qual dirigimos palavras que destilam fel.

Imaginemos o sentimento de alguém, após ter ouvido de nós palavras duras e amargas.

Por certo, não desejaríamos receber tal carga de emotividade negativa.

Então, por coerência, não devemos ser portadores delas.

*   *   *

Se admiramos a doçura daqueles que nos fazem os dias mais leves e alegres, busquemos modificar o paladar de nossas ações.

Exercitemos a gentileza, a indulgência, a benevolência e o perdão para com o próximo.

Busquemos ser o apoio e a compreensão, aceitando o outro, com as dificuldades naturais que ele ainda traz no seu mundo íntimo.

São esses sentimentos que, no exercício do relacionamento social, provocam doces impressões naquele que conosco convive.

E assim, compreendendo e aceitando-nos uns aos outros, os dias serão mais doces e suaves para todos nós.

 Redação do Momento Espírita.
Em 6.9.2013.

 

 

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