Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone Companheiros de jornada

Ao longo da história evolutiva, o cavalo tem sido um animal que muito tem servido ao homem.

Além de ser útil em várias tarefas no campo, montar cavalos e estar em contato com a natureza é bom para a saúde e bem-estar de muitos de nós.

As pessoas que apreciam essa prática sabem o quanto é envolvente.

Cavalgar é sentir o chão sob os pés e o destino nas próprias mãos, o que traz uma sensação de liberdade, como se nada nos impedisse de seguir em frente.

Mas, hoje, o contato com esse animal também tem ajudado muitas crianças e adultos a superarem dificuldades cognitivas e de mobilidade. É a equoterapia.

Esse é um método terapêutico e educacional, no qual o cavalo é o inter­mediador entre o praticante e o terapeuta.

Apesar do grande porte físico, ele é dócil, se deixa conduzir e desenvolve um importante laço afetivo com as pessoas que com ele mantêm contato.

Cada passo completo do cavalo apresenta padrões semelhantes aos do caminhar humano e, na medida em que o praticante anda sobre ele, há um ajuste natural do seu corpo ao ritmo da marcha do animal.

A adaptação a esse ritmo é um dos pontos mais importantes da equoterapia.

Além disso, a troca de apoio das patas, os movimentos da cabeça e do pescoço impõem ao cavaleiro um ajuste de todo o seu corpo, em resposta aos desequilíbrios provocados por esses movimentos.

*   *   *

Esse é o exemplo de apenas um animal que nos serve em diversas circunstâncias e nos traz a certeza da benevolência Divina, que colocou esses companheiros para caminhar ao nosso lado na existência terrestre.

Outras espécies também nos auxiliam de formas diversas, no trabalho, no lazer, em tratamentos de saúde, além daquelas que nos servem de alimento necessário ao corpo físico e ao próprio vestuário.

Infelizmente, vemos ainda situações em que eles são vítimas da indiferença e crueldade.

Uns abandonados, outros levados ao extremo da força física em trabalhos pesados, por vezes à custa de açoites.  Alguns presos e outros perseguidos sem piedade.

Busquemos olhar para esses seres com compaixão, dedicando-lhesa consideração que merecem, pois são também criaturas de Deus.

Sejamo-lhes gratos pelo tanto que nos oferecem sem nada pedir em troca e, como cristãos, ofertemo-lhes a nossa proteção.

Para Francisco de Assis, a natureza e todos os seres eram dignos de apreço e admiração porque significavam a expressão da Divindade.

Ele amava profundamente os animais.Externando a humildade e grandeza de sua alma, frequentemente se referia a eles como irmãos da Humanidade.

Demonstrou um imenso amor pela natureza e nos ensinou que todas as criaturas merecem o nosso respeito.

Façamos a nossa parte no mundo de hoje. Defendamos e protejamos esses seres que Deus colocou sob nossa tutela. Lembremos que, à semelhança de outros tantos, esses também se constituem talentos da Divindade às nossas vidas. E, como todos os demais, teremos que dar conta do que fizermos com eles.

Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita.
Em 14.8.2013.

 

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