Certa feita, um discípulo muito ansioso por conhecer a verdade, perguntou ao mestre Confúcio:
Se o rei o chamasse para governar o país, qual seria sua primeira providência?
Aprender os nomes de meus assessores, respondeu o sábio.
Que bobagem! Essa é a grande preocupação de um primeiro-ministro?
Um homem nunca pode receber ajuda do que não conhece, afirmou o mestre. Se ele não entender a natureza, não compreenderá Deus. Da mesma maneira, se não sabe quem está do seu lado, não terá amigos. Sem amigos, não pode estabelecer um plano.
Sem um plano, não consegue dirigir ninguém. Sem direção, o país mergulha no escuro, e nem os dançarinos sabem decidir com que pé devem dar o próximo passo.
Então, uma providência aparentemente banal, que é saber o nome de quem vai estar ao nosso lado, pode fazer uma diferença gigantesca.
O mal do nosso tempo é que todo mundo quer consertar tudo de uma vez só, e ninguém se lembra de que é preciso muita gente para fazer isso.
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O sábio Confúcio estava certo. E, a cada dia que passa, vamos descobrindo o quanto são importantes as pessoas que estão ao nosso lado, sejam como amigos, colegas de trabalho, subalternos ou superiores.
Essa lição é válida para todas as esferas, desde a ocupação profissional mais simples que temos, até as grandes responsabilidades dos cargos políticos do país.
No mundo da tecnologia, dos avanços científicos constantes, das grandes corporações, precisamos lembrar que os responsáveis por tudo isso são pessoas, seres humanos que têm suas famílias, seus sonhos, suas preocupações e, o mais importante, estão ofertando suas habilidades ao mundo para que ele continue se desenvolvendo.
O presidente de uma grande empresa disse que seu maior capital desce as escadas todos os dias às dezoito horas, demonstrando que tem plena consciência do valor das pessoas em sua corporação, e que se não fossem elas, não alcançaria o sucesso que alcançou.
Assim funciona em todos os ambientes que frequentamos.
Saber o nome de quem está trabalhando conosco é um início de respeito ao próximo, de valorização do trabalho dos outros. É demonstrar interesse pela vida alheia, buscando conhecê-la mais a fundo.
Seja qual for a profissão que exerçamos, lembremo-nos sempre disso, pois ao nosso lado estão vivendo seres humanos, almas como a nossa, que buscam o mesmo que buscamos.
Fomos colocados em sociedade para nos entender e nos ajudar mutuamente. Na competição destrutiva retardamos nossa evolução moral, pois deixamos de lado o amor ao próximo.
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Segundo as leis morais, detalhadas em O livro dos Espíritos, de Allan Kardec, nenhum homem tem as faculdades completas.
É pela convivência social que eles se completam uns aos outros, para assegurar seu bem-estar e progredir.
Por isso, tendo necessidade uns dos outros, são feitos para viver em sociedade e não isolados.
Redação do Momento Espírita, com base em palavras de
Confúcio, A importância de saber os nomes e nos itens 766
a 768 de O livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed. FEB.
Em 13.8.2013.
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