Momento Espírita
Curitiba, 25 de Novembro de 2024
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ícone Grande alma

Mahatma Gandhi não era líder de exércitos, nem senhor de grandes terras. Não foi responsável por avanços científicos e nem produziu obras de arte.

No entanto, homens, governos e celebridades de todo o mundo reuniram-se, em janeiro de 1948, em Nova Déli, na Índia, para se despedirem e homenagearem esse homem que levou seu país à liberdade.

Partiu deste mundo da mesma forma como viveu: com simplicidade, sem riquezas, sem bens, sem títulos ou cargo oficial.

Ele fez com que a humildade e a verdade fossem mais poderosas que grandes impérios.

Nas palavras do general Marshall, secretário de Estado dos Estados Unidos àquela época, Gandhi era o porta-voz da consciência de toda a Humanidade.

Mohandas Karamchand Gandhi, mais conhecido popularmente por Mahatma Gandhi, foi um grande defensor do princípio da não-agressão como um meio de revolução.

Suas formas de protesto eram a ausência total da violência e o jejum. Por isso ganhou notoriedade internacional.

No sânscrito, que faz parte do conjunto de línguas oficiais da Índia, a palavra mahatma, significa a grande alma.

Numa época em que indianos e ingleses não podiam caminhar lado a lado numa mesma calçada, ele decidiu lutar contra o preconceito e a discriminação.

Permaneceu muitos anos na África do Sul defendendo a minoria hindu e liderando a luta de seu povo pelos próprios direitos.

Desde o princípio, propôs que se utilizassem somente meios pacíficos.

Buscava eliminar as diferenças entre as pessoas, alegando sermos todos filhos de Deus. Sua intenção era iluminar as mentes das autoridades afirmando haver lugar para todos.

Manifestava um profundo respeito pela opção religiosa dos outros.

Depois de uma bem-sucedida carreira de advogado na África do Sul, retornou à Índia. Deixou de trajar roupas que representavam sucesso e adotou uma vestimenta que costumava ser usada pelos indianos mais pobres.

Passou então a exercer o papel de conscientizador da sociedade muçulmana e hindu na luta pacífica pela independência indiana.

Enquanto trabalhava pela independência da Índia também se empenhou em combater o preconceito de castas, sem jamais derramar sangue.

Lutou pela predominância de uma paz real, baseada na liberdade e igualdade de todas as raças e nações.

De corpo franzino e armado apenas de uma imensa coragem, humildade e gestos de amor, deu esperança ao seu povo.

Dentro do ideal de não-violência que defendia, demonstrou que não existe um caminho para a paz e sim que a paz é o caminho. E que para oferecê-la ao mundo, temos que alimentá-la primeiramente dentro de nós.

A Terra foi presenteada com o exemplo desse pequeno grande homem, o apóstolo da não-violência que, assim como Jesus, provou com o sacrifício da própria vida, que o amor é soberano e sempre vence.

*   *   *

A não-violência não pode ser definida como um método passivo ou inativo. É um movimento bem mais ativo que outros que exigem o uso das armas. A verdade e a não- violência são, talvez, as forças mais ativas de que o mundo dispõe.

A não-violência dos fortes é a força mais potente do mundo.

A não-violência é a lei dos homens, a violência é lei dos brutos.

Pensemos nisso.

 

Redação do Momento Espírita, com base em dados
biográficos de Gandhi e pensamentos finais colhidos no cap.
Não-violência, do livro Gandhi, o Apóstolo da não-violência,
ed. Martin Claret.
Em 10.4.2013.

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