Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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O verdadeiro possuidor é sempre o melhor doador.

O que se tem, se deve. Quando se oferece, se possui.

Na contabilidade da vida, a verdadeira posse se apresenta como o bem que se oferta e proporciona alegria, ao invés de significar o recurso que se armazena, permanecendo inútil.

A verdadeira doação enriquece aquele que a faz, certamente beneficiando quem a recebe.

Convencionalmente, a pessoa que economiza e guarda valores amoedados torna-se rica. Quase sempre, porém, se amesquinha, apaixonando-se pelos haveres de que se faz prisioneira.

Há, em consequência, sistemas que se encarregam de amealhar e ensinar a poupar, gerando as cirandas de investimentos, que permitem conseguir lucros e vantagens.

Os que se tornam ricos dessa forma, vivem em constante ansiedade em relação às oscilações do câmbio, das bolsas, dos títulos, pobres de sentimentos elevados, vítimas da ganância financeira.

A riqueza, em si mesma, não é boa, nem é má, dependendo de quem a usa e de como é utilizada.

Com facilidade gera o apego e o medo de ser perdida.

Empobrece outros indivíduos, enquanto dorme nos cofres da avareza, permitindo que a miséria se generalize.

*   *   *

Aprendamos a repartir, a fim de melhor compartilharmos.

O que tenhamos passa, deixaremos de possuir em algum momento; mas, o que somos permanece, não se consome.

Reflitamos em torno da transitoriedade da existência física e compreenderemos quão urgente é aproveitá-la com sabedoria.

A sucessão inesgotável do tempo demonstra a fragilidade das coisas diante dele. Também demonstra que tudo quanto é terreno tende a se consumir, de forma lenta e progressiva.

Somente as conquistas intelecto-morais têm sabor de eternidade.

Desse modo, busquemos nos enriquecer de aquisições espirituais, que nos alargarão os horizontes do entendimento da vida, melhor apresentando-nos o significado e o objetivo da existência carnal.

Portadores de uma visão correta a respeito de como devamos proceder, iremos nos libertando de incontáveis fatores degenerativos de nossa personalidade e que são responsáveis por problemas, doenças, insatisfações que nos afligem.

Então, não mais disputaremos vaidades, nem nos afetarão agressões, que são de nenhuma importância.

Nossas aspirações serão mais elevadas.

Não nos sentiremos maiores ou menores, de acordo com o jogo das enganosas referências, das inúteis competições do palco terrestre.

Nossas conquistas não serão medidas por aplausos ou vaias.

Viveremos tranquilos, e disporemos de tudo quanto é necessário, sem o tormento dispensável do supérfluo.

*   *   *

A vida nos dá tudo, bastando nosso esforço para consegui-lo.

Também nos toma, sem que possamos reter os bens que não nos pertencem.

Saúde, paz, alegria, trabalho e autorrealização nos sejam as raras moedas de que necessitamos para a jornada humana, que nos abrirão as portas do futuro no rumo da Imortalidade.

 

Redação do Momento Espírita, com base no cap.7, do
livro
Momentos de saúde, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de
Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
Em  15.3.2013.

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