Momento Espírita
Curitiba, 25 de Novembro de 2024
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Precário, provisório, perecível;
       falível, transitório, transitivo;
      efêmero, fugaz e passageiro
      eis aqui um vivo, eis aqui um vivo.

 

Impuro, imperfeito, impermanente;
      incerto, incompleto, inconstante;
      instável, variável, defectivo;
      eis aqui um vivo, eis aqui...

 

Os versos são de música do compositor pernambucano Lenine, e nos é inspiração para alguns pensamentos valiosos.

O Espiritismo proporciona ao ser um inestimável conhecimento a respeito de si mesmo.

Conhece-te a ti mesmo. – Eis o meio mais eficaz de nos melhorarmos nesta vida.

Aprendemos que há uma parte de nós que é perecível, transitória, passageira – nosso corpo material: um invólucro ponderável que põe o Espírito em contato com o mundo exterior.

Aprendemos que há outra parte, nossa essência, o Espírito, que toma de uma vestimenta carnal, de tempos em tempos, para viver a chamada encarnação.

Ainda, há o laço que liga os dois, o perispírito, ou corpo fluídico: imponderável laço – intermediário entre o Espírito e o corpo.

Falível, imperfeito, inconstante – este sou eu, ou melhor, estou eu, Espírito em desenvolvimento através das eras, conquistando valores morais e intelectuais nas muitas reencarnações.

Somos perfectíveis, transformáveis, passíveis de melhoramento constante e cada experiência no corpo é lição fundamental.

Estar vivo é estar nos trilhos do progresso inevitável.

Estar vivo é buscar o amor, mas não o amor que recebe apenas, mas o amor que doa.

Estar vivo é amar, amar profundamente.

Estar vivo é não desistir, pois se pode existir algum tipo de morte, essa seria a desistência, a indiferença e a passividade.

Estar vivo é buscar a luz, o entendimento, o amor, estando vinculado a um corpo físico ou não, pois a vida continua no espaço.

Somos sempre vivos, pois a morte, a tão temida morte, nada mais é do que uma transformação, e não um aniquilamento.

Quando o invólucro exterior está usado e não pode mais funcionar, tomba e o Espírito o abandona.

Assim como o fruto se despoja da sua semente, a árvore da casca, a serpente da pele, em uma palavra, como se deixa um vestido velho que já não pode servir – eis o que se designa de morte.

A morte é apenas a destruição do envoltório corporal, que a alma abandona, como faz a borboleta com a crisálida, conservando, porém, sua essência.

Somos sempre vivos quando nos dispomos a seguir em frente, contornando obstáculos, superando a nós mesmos através das eras.

Somos vivos, quando no corpo ou fora dele.

A vida que pulsa em nós não vem das batidas do coração, ou das atividades do cérebro material.

A vida que pulsa em nós vem do pensamento e da vontade, do sentir e sonhar.

Eis-nos aqui: um vivo.

*   *   *

Filhos de Deus, criados pela Onipotência de um Pai de amor e bondade, somos herdeiros do mais extraordinário legado: a Imortalidade.

Pensemos nisso e jamais nos detenhamos no caminho do progresso e da conquista dos brilhos estelares.


Redação do Momento Espírita, com versos da música Vivo,
de Lenine e Carlos Rennó, e nos itens 10 a 14 do cap. II,
do livro
O que é o Espiritismo, de Allan Kardec, ed. FEB.
Em 23.1.2020.

 

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