Você já brincou com uma ampulheta? Aquele instrumento quase lúdico de medir o tempo?
Dificilmente conseguimos ficar indiferentes quando nos deparamos com uma.
Seja por nos remeter às histórias e contos orientais, seja pelo fascínio de vermos os grãos de areia escorrendo intermitente e pacientemente, ou ainda pela harmonia de suas curvas, se insinuando perante o tempo... não há como ficarmos indiferentes.
Ainda hoje utilizada, ela se mostrou instrumento precioso quando não se dispunha de outros medidores de tempo mais precisos.
Utilizada em navios, igrejas e, quando surgiu o telefone, em alguns locais, servia para contar o tempo de uma chamada telefônica.
No Judiciário, era usada para marcar o tempo das sustentações orais dos advogados e, simbolicamente, é utilizada nas artes plásticas para representar a transitoriedade da vida.
Ela tem um princípio simples e básico. A quantidade de areia que escorre constantemente marca um ciclo de tempo.
Quanto maior a quantidade, maior o ciclo que conseguimos marcar. Quanto maior o estrangulamento para a passagem da areia, mais tempo ela levará para escoar.
Nessa observação de grãos de areia escorrendo do recipiente superior para o inferior, podemos nos questionar o que temos feito do tempo de que dispomos.
Um grão de areia parece insignificante, mas cada um deles contribui para a contagem do tempo na ampulheta. Assim é o tempo de nossa vida, nossos segundos, minutos, nossas horas.
Se somarmos as horas, dias e anos, teremos a construção de toda uma vida, conquistas, sonhos e aprendizado.
Mas será sempre o somatório dos nossos minutos, de nossos dias que construirão nosso sonho ou nossa desdita.
O tempo tem algo mágico nele mesmo. Quando se faz futuro, parece demorar tanto para passar, mas basta chegar até nós e se transformar em passado, para ganhar uma velocidade incrível.
Lembramos de como os anos escolares eram demorados para terminar? E hoje, ao nos recordarmos deles, percebemos como foi tudo muito rápido.
E o primeiro ano de Faculdade? Parece que nunca chegaria, e hoje, a formatura já se faz longe.
Dessa forma percebemos que, assim como cada grão da ampulheta cumpre seu papel, cada minuto de nossa vida deve ter sua utilidade.
Cada minuto soma-se aos demais para o objetivo maior da vida, de progresso e aprendizado intelectual e moral.
Por isso, sempre será útil fazermos breves balanços, de tempos em tempos, para sabermos como estamos utilizando nosso tempo.
Rapidamente, ao final do dia, perguntarmo-nos o que nos sucedeu e como as coisas ocorreram.
Ao final do mês, um breve balanço das atividades e objetivos alcançados.
Na conclusão de um ano, repensar o que foi feito e quais conquistas obtivemos.
E também em tantos outros momentos, seja quando algum ciclo se concluir, ou nas despedidas, nas alegrias...
Assim procedendo, conseguiremos saber como nossos grãos de areia da ampulheta da vida são importantes, e como o grande tesouro chamado tempo, dádiva Divina, vem sendo utilizado em nossas mãos.
Redação do Momento Espírita.
Em 15.2.2013.