Todas as vezes que vemos alguém celebrar sua formatura em um curso universitário, sabemos que ali está a conclusão de uma etapa de sua vida.
E comemora-se porque é o resultado de muito esforço, dedicação, estudo, renúncia em prol de um objetivo nobre.
Quando ouvimos a apresentação de um grande músico, virtuose em seu instrumento, percebemos a síntese de anos de dedicação, ensaios, estudos. Tudo para desenvolver sua técnica e sensibilidade musical.
Quando admiramos a apresentação de um bailarino pela sua técnica irrepreensível, ou quando nos entusiasmamos com um atleta pela sua habilidade incomparável, vemos o resultado de quem usou o tempo para se dedicar à arte, ao esporte.
Assim também se dá nos mais variados campos do conhecimento humano. Seja o atleta ou bailarino, o professor ou o arquiteto, sempre alcançam seus objetivos e concluem sua formação, graças ao esforço e renúncia.
Para uns, serão horas infindáveis sobre os livros. Para outros, serão longos momentos de ensaio ou treinamentos a lhes exigir tempo e perseverança.
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Em nossa vida interior não é diferente. Nenhum de nós terá dons ou virtudes gratuitas ou ofertadas como presentes injustificáveis da bondade Divina.
O que Deus nos oferece é a oportunidade de desenvolver dons e virtudes que ainda adormecem em nossa alma, esperando o esforço de cada um de nós.
A vida é, pois, a oportunidade de desenvolver virtudes morais e dons intelectuais.
Por isso mesmo, ela nos oferece embates, dores, dificuldades e desafios. Serão sempre as oportunidades de aprendizado e progresso.
Pensemos em quantos de nós, após um processo doloroso e difícil em determinado momento da vida, saímos dele mais fortalecidos e amadurecidos. É o aprendizado que se concretizou.
A vida não é só feita dos aprendizados intelectuais ou físicos. Também é de conquistas morais.
O nosso progresso se dará no desenvolvermos mente e coração, um sintetizando as conquistas intelectuais, enquanto o outro, as de ordem moral.
A lição da humildade nos chegará quando aprendermos a nos calar. A paciência se desenvolverá quando aprendermos a esperar. E o perdão ganhará espaço em nós quando aprendermos a compreender.
Assim são as lições do coração. Enquanto o desenvolvimento intelectual se dá através dos livros, nas escolas, no estudo, nosso desenvolvimento moral se dá nos embates da vida.
Por tudo isso Deus escolheu, com esmerado cuidado, a melhor família para nosso aprendizado, a melhor cidade para nosso progresso e as melhores condições de vida para as lições que precisamos.
E Ele apenas espera que possamos, cada um de nós, bem aproveitarmos essas oportunidades que a vida nos oferece.
Tomemos cuidado para que não sejam lições perdidas, como o estudante que frequenta a escola sem estudar e, ao final do ano, terá o resultado infeliz da reprovação, cabendo tudo começar novamente.
Sejamos bons alunos na escola da vida para que, ao final desta existência, possamos ter a mente e coração enriquecidos de experiências bem sucedidas. Que nossa bagagem intelectual e moral seja muito maior do que quando adentramos os portais da nossa atual vida física.
Pensemos nisso. Trabalhemos para isso.
Redação do Momento Espírita.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 30, ed. FEP.
Em 6.9.2016