Momento Espírita
Curitiba, 25 de Novembro de 2024
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ícone Grandes homens, grandes gestos

Ela era uma garota como tantas outras da sua idade. Alimentava os sonhos com os raios da esperança dos seus onze anos incompletos.

Feliz, vivia entre o carinho dos pais no lar, as travessuras com os irmãos, a escola e o círculo de amigos.

Um dia, contudo, sentiu-se muito mal e foi levada ao hospital. Depois de dias de internamento, exames especializados e muita medicação, veio o diagnóstico: ela era portadora de câncer nos pulmões.

Os médicos pensaram em submetê-la a uma cirurgia para extração dos nódulos cancerígenos, mas verificaram ser inviável.

Começaram, então, as sessões incômodas de quimioterapia. Vendo-a definhar, a olhos vistos, os pais imaginaram que a criança poderia ter algum grande desejo que deveria ser realizado, antes de sua morte.

E ela tinha um grande sonho, sim. Era conhecer a Casa Branca, na capital americana. Os pais procuraram uma agência, dessas do tipo Ilha da Fantasia, que se esmera em realizar sonhos das pessoas e conseguiram, afinal, que a pequena visitasse a Casa Branca.

Já bastante debilitada pela enfermidade, ela foi conduzida pelos pais, em uma cadeira de rodas até a Casa Branca.

Adentrou-a, emocionada. Era dali, daquele local que emanavam as ordens, as leis que regiam a grande nação americana.

Ela visitou várias salas, sendo-lhe explicado o que acontecia em cada uma delas. Até que, finalmente, chegaram ao salão oval.

Ela não se cansava de admirar cada detalhe e seus olhos brilhavam na face pálida e cansada. Por alguns instantes, seus pais a deixaram a sós.

Então, uma porta especial se abriu e um homem de passos firmes caminhou até ela. Quando chegou bem à sua frente, ajoelhou-se e lhe tomou as mãos miúdas entre as suas.

Os olhos claros e profundos do homem ajoelhado penetraram os da pequena doente que, ao descobrir que se encontrava frente ao Presidente dos Estados Unidos, abriu os lábios num sorriso trêmulo e balbuciou:

Senhor Presidente, é uma honra conhecer o senhor.

Ao que ele, com a voz tomada pela emoção, respondeu:

De forma nenhuma. A honra é toda minha em conhecer uma jovem americana tão corajosa como você. Você tem apenas onze anos e na sua dificuldade de saúde está dando uma grande lição de coragem e de civismo.

*   *   *

Todos os grandes homens sabem avaliar com exatidão a importância dos pequenos gestos. Todos os grandes homens administram, de tal forma, o seu tempo que podem dispor de alguns minutos para atender um sonho infantil, saciar um grande desejo de uma garotinha prestes a morrer.

Todos os grandes homens conhecem a importância das pequenas coisas.

Foi por esse motivo que Jesus, o Mestre Incomparável, para as Suas lições magistrais, se serviu das coisas pequenas, muitas vezes esquecidas, como a erva do campo, os lírios, moedas, ovelhas, redes e peixes.

E testificou a Sua grandeza acarinhando as crianças do povo, num final de tarde inesquecível, atraindo-as para Si e pedindo: Deixai vir a mim as criancinhas.

 

Redação do Momento Espírita, com base em
documentário televisivo de 15.03.2001.
Em 27.12.2012.

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