Segundo consta de O livro dos Espíritos, Jesus constitui o tipo mais perfeito, oferecido por Deus ao homem, para lhe servir de Modelo e Guia.
Trata-Se de uma afirmativa plena de significados.
Por vezes, as criaturas se declaram desencantadas com aqueles a quem admiravam.
Muitas chegam a abandonar suas crenças, sob tal justificativa.
Miravam-se em seres frágeis, embora bem intencionados, mas que não resistiram a algumas provações.
Eles podem ser líderes religiosos, políticos, amigos, pais ou irmãos.
Ocorre que a fragilidade é inerente à condição humana.
Apenas Espíritos puros não erram e nem fraquejam.
Todos os demais estão sujeitos a vicissitudes.
Por certo, alguns homens destacados podem servir de inspiração.
Há muitas pessoas honradas e notáveis.
Mas, como não são perfeitas, por vezes elas erram.
Para que o ideal do bem não pereça, convém admirá-las, mas sem excesso de expectativas.
Para o homem no mundo, o modelo a considerar é Jesus.
Em Sua extrema pureza, Ele nunca Se equivocou.
Por toda a Sua vida, pairou acima de hipocrisias e de preconceitos, portando-Se com invariável sabedoria.
Seu Evangelho traz os roteiros a serem considerados, em quaisquer circunstâncias.
Se os homens, ainda frágeis, de vez em quando erram, isso é algo para ser lamentado, e não copiado.
Outra decorrência desse ensinamento consiste na impropriedade de se importar demais com a opinião dos outros.
Nessa linha, Jesus disse:
Ai de vós quando todos os homens falarem bem de vós, porque assim faziam seus pais em relação aos falsos profetas.
Indubitavelmente, muitas pessoas existem de parecer estimável.
A elas se pode recorrer em momentos oportunos.
Mas ninguém deve desprezar a opinião da própria consciência.
A voz de Deus costuma se manifestar nesse santuário Divino.
Por ponderado que pareça um homem, ele corre o risco de se enganar em uma ou outra coisa.
Em caso de dúvida, convém refletir nos exemplos de Jesus e buscar no próprio íntimo a inspiração necessária.
No mais, constitui rematada loucura esperar a aprovação geral.
O alerta do Cristo, quanto ao consenso popular, segue atual e oportuno.
Em um ambiente de ilusões e contrastes como a Terra, não é possível agradar a todos simultaneamente.
A verdade costuma demorar para aparecer e o homem prudente jamais é aplaudido pelos imprudentes.
O próprio Cristo, em Sua época, não foi apreciado por toda a gente.
Para Maria Madalena, Ele era o Salvador.
Mas para Caifás, era o revolucionário perigoso.
O tempo foi a única força de esclarecimento geral.
Se você se encontra em serviço edificante e sua consciência o aprova, aquiete-se.
As opiniões levianas ou falsas pouco importam.
Não é possível conciliar o dever com a leviandade, nem a verdade com a mentira.
Pense nisso.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 80, do livro Caminho,
Verdade e Vida, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido
Xavier, ed. Feb.
Em 14.12.2012.