Ressurgem na Terra conceitos que proclamam o uso dos alucinógenos dessa ou daquela natureza para as experiências de cunho paranormal.
Em torno de uma droga, sorvida como chá, aspirada, injetada ou mastigada in natura, busca-se a incursão no mundo espiritual.
Nos Estados Unidos foi criada uma seita, fundada por um ex-professor universitário, Timothy Leary, onde os adeptos passam diariamente uma hora em meditação, sob a ação da Marihuana e, uma vez por semana, em culto individual ou coletivo, consumindo doses de L.S.D (Ácido Lisérgico).
No México, os índios dedicam verdadeira adoração a uma planta, o cogumelo sagrado, considerado anestesiante e provocador de desdobramento de consciência.
Os fungos dessa espécie, sempre servidos aos pares, produzem sonhos e visões, aguçando a percepção sensorial dos que os ingerem.
Lembram os que defendem tais práticas que os povos primitivos as utilizavam em seus rituais.
Olvidam-se que o exercício psíquico da concentração consciente, a meditação profunda, a prece conduzem a resultados superiores, sem consequências danosas quais as dos recursos alucinatórios.
A quase totalidade que busca desenvolver a percepção extrassensorial, através do uso de drogas, realiza um mergulho no passado espiritual que assoma, persiste, se apresenta qual um fantasma.
Fantasma que, mesmo após concluída a experiência, se impõe a pouco e pouco, acabando por desarmonizar a mente do neófito que assim se arvora em viagens.
Vale ainda recordar que inimigos desencarnados, que se demoram à espreita das suas vítimas, se utilizam dos sonhos e das viagens para surgirem na mente do viciado.
Surgindo, em aspecto perverso, causam pavor e fixam matrizes psíquicas para futuras perturbações e obsessões.
Nosso Modelo e Guia, Jesus, deu-nos a lição máxima a esse respeito.
Alçado à cruz, após ter sido supliciado na noite anterior através dos açoites, insone, sedento e tendo exauridas as forças, clama: Tenho sede.
Jesus sofre como sofre o mais humano dos homens; sofre na plenitude da Sua consciência; o Seu coração transborda de piedade para com o próximo, os músculos vibram de atroz sofrimento e dos lábios lhe rompem gemidos de dor.
Os soldados, imediatamente lhe providenciam a bebida.
Costumava-se, para que o condenado tivesse diminuídas as dores terríveis da crucificação, servir uma mistura de vinho e mirra. Uma droga entorpecente.
Embebida uma espoja em tal poção, colocada em uma lança é levada aos lábios do Cristo. Ele a recusa.
Deseja permanecer lúcido até o fim.
Lúcido para entregar o Espírito nas mãos do Pai.
Fracas, cada vez mais fracas se tornam as pulsações do Seu coração... Os músculos torturados estremecem numa contração subitânea... E, inclinando a cabeça, expira... Exemplo de coragem e de grandeza.
Para o contato com Deus, lecionou a prece, o diálogo sereno.
Ele buscava a noite para estar a sós com o Pai e orar, ou os lugares mais silenciosos, qual o fez horas antes da Sua prisão, no Horto das Oliveiras.
Jesus ontem, hoje e sempre continua sendo o exemplo para todos os que desejem alçar o voo rumo ao Infinito, na busca da perfeição, sem peias, sem algemas na retaguarda.
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Jesus é o vulto mais completo da Humanidade.
A moral que Ele pregou é a maior que a Terra já teve notícias.
Por esse motivo, os Espíritos que estabeleceram as diretrizes da Doutrina Espírita, na face da Terra, não ditaram outra senão a moral do Cristo como o roteiro seguro para a felicidade.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 8, do livro Após a tempestade, pelo
Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal; na revista
Presença Espírita, nº 129, ed. Leal; no item 189, do livro Jesus Nazareno, de Huberto Rohden,
v. 2, ed. União Cultural e no verbete Vinho, do Dicionário Enciclopédico da Bíblia, de A.
Van Den Born, ed. Vozes.
Em 19.11.2012.