Dentre os problemas que preocupam as criaturas, na face da Terra, está o planejamento familiar.
Apontam-se estatísticas alarmantes, tentando mostrar o fantasma da superpopulação em uma Terra semiexaurida, incapaz de alimentar a todas as bocas. Fala-se de miséria e de fome.
É da competência exclusiva do casal estabelecer o número de filhos ideal, o período mais propício para a gravidez, elegendo, ainda, o método contraceptivo que utilizará.
Importante recordar que a planificação da família se dá no mundo extrafísico, antes do renascimento. Aqui, na Terra, somente é ratificado pelo marido e mulher.
Como não errar na planificação agora? Basta que o casal, ao limitar o número de filhos que deseje para si, o faça sob as bênçãos do Evangelho, desprovido do egoísmo, comodismo e vaidade.
E quanto ao período propício, leve em consideração a necessidade do organismo da mulher se recompor após a gravidez, o parto, a amamentação, bem assim as exigências do bebê nos primeiros anos de vida.
Importante igualmente que não se escolham métodos contraceptivos radicais.
Dada a eventualidade de estabelecermos o número menor do compromisso assumido anteriormente, chegará o designado pelas vias normais da maternidade.
Se assim não for, poderão nos chegar por via indireta, através de terceiros, por vezes, não como amigos.
Os métodos artificiais para a contracepção são muito antigos.
No papiro de Pétri, datado de 1850 a.C. há a descrição de várias misturas de mel e carbonato de sódio, de fezes de crocodilo, de gomas de árvores para uso intravaginal.
O objetivo era modificar o Ph vaginal, reduzindo a mobilidade dos espermatozoides.
Os antigos hebreus prescreviam substâncias esponjosas para a mulher, entre outros métodos.
Na Grécia e Roma, datam do Século IV a.C. as informações de como evitavam a procriação de certos animais, utilizando óleo de cedro ou óleo de oliva com incenso.
O condom, a nossa tão falada camisinha, era conhecida dos romanos. Largamente utilizada na Idade Média, com o objetivo principal de se preservar de doenças sexualmente transmissíveis.
Hoje, além dos métodos de barreiras, químicos ou hormonais, há um elenco de métodos naturais.
De um modo geral, são preteridos por exigirem do casal entendimento e disciplina.
Mas se não conseguirmos colocar disciplina no desejo sexual, como pretendemos que ela se apresente em outros setores da nossa vida?
Dessa forma, por se entregar ao gozo sexual quando o desejem, muitos preferem os métodos artificiais que podem apresentar consequências danosas ao físico e ao psiquismo da criatura.
Em 1857, quando do lançamento de O livro dos Espíritos, já encontramos as referências aos obstáculos à reprodução.
Analisados pelos Espíritos, afirmam esses que, quando tais usos têm por objetivo deter a reprodução, visando a satisfação da sensualidade somente, demonstram a predominância do corpo sobre a alma e o quanto o homem está imerso na matéria.
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Antes de aderires ao entusiasmo reinante para a limitação dos filhos, reparte com o outro cônjuge as tuas preocupações.
Discute o problema à luz da reencarnação.
Não o faças somente considerando fatores econômicos, os da superpopulação.
O Senhor dispõe de recursos de que não cogitas.
Acolhe, da melhor maneira, os filhos que baterem à porta do coração.
Da forma como os receberes dependerá serem amigos generosos ou adversários rudes de que não te libertarás com facilidade.
Redação do Momento Espírita, com base no cap.14, do livro Leis morais da vida,
pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed.
Leal; nos itens 694 e 725 de O livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed. Feb e no
verbete Anticoncepção, da Enciclopédia Mirador, v. 3, da Encyclopedia
Britannica do Brasil.
Em 12.11.2012.