Momento Espírita
Curitiba, 22 de Novembro de 2024
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ícone O paralítico

Certa feita, estando Jesus em Cafarnaum, a notícia correu e muitos se aglomeraram junto à casa em que Ele estava.

Tantos eram os que desejavam ouvir Sua palavra, que não cabiam sequer junto à porta.

Chegou, então, um paralítico, conduzido por quatro homens.

Não sendo possível a aproximação com o Messias, os condutores descobriram o telhado da residência.

Fizeram um buraco e baixaram o leito onde jazia o enfermo.

Jesus, vendo-lhes a fé, disse ao paralítico que seus pecados estavam perdoados.

Alguns escribas presentes se indignaram e O consideraram blasfemo.

Jesus lhes indagou o que era mais difícil: dizer que os pecados estavam perdoados ou mandar o paralítico andar.

Então, disse ao enfermo para se levantar e andar, o que ele imediatamente fez.

*   *   *

Essa passagem evangélica dá ensejo a oportunas reflexões.

Muitas pessoas confessam sua necessidade do Cristo.

Dizem desejar Sua paz e Seu conforto. Afirmam-se cansadas das dores e das ardências do mundo.

Mas, frequentemente, alegam obstáculos que lhes impedem a sublime aproximação.

Uns não conseguem tempo para a meditação. Outros experimentam certas inquietudes que lhes parecem intermináveis.

Há ainda os que se julgam prejudicados por familiares muito exigentes, que lhes tiram a paz.

Todavia, para que o homem se sinta na vizinhança psíquica do Mestre, precisa demonstrar legítimo interesse em Seus benefícios espirituais.

Deve estender a capacidade, dilatar os recursos próprios. Necessita marchar ao encontro do Divino Amigo, sob a luz da fé viva.

O Evangelho relata a decisão do paralítico.

Embora suas graves dificuldades de locomoção, ele cuidou de localizar a casa onde o Mestre estava. Observou-a plenamente sitiada pela multidão, mas não desanimou.

Sem poder se locomover, amparou-se no auxílio de amigos. Ante a dificuldade extrema, não hesitou em se fazer passar por pequeno buraco no teto.

Enfrentou os riscos da empreitada, firme em seu propósito. Por fim, conseguiu o contato com o Salvador.

Aproveitou fervorosamente o ensejo divino e se libertou de suas dores e limitações.

Quem deseja aproximar-se de Jesus necessita refletir sobre esse exemplo.

O mundo sempre apresenta alguns empecilhos para os tentames da espiritualização e da vivência cristã.

Essas dificuldades podem crescer nos caminhos humanos. Então, torna-se necessário contornar os obstáculos materiais. Dirigir-se ao Alto, com o amparo dos amigos espirituais.

Orar com fervor e confiança, decidido a fazer o necessário para se encontrar com o Mestre.

Aceitar, sem revolta, passar por apertos e provações. Seguir confiante até cair aos pés do Senhor Jesus.

Então, todos os obstáculos parecerão pequenos. Enfermidades e dores se desvanecerão, para sempre.

*   *   *

Jesus é o Bom Pastor. Ele conhece todas as ovelhas que o Pai lhe confiou e mantém olhos e ouvidos atentos sobre os filhos sofridos da Terra.

Pensemos nisso. Confiemo-nos ao Celeste Pastor das nossas vidas.

 

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 118, do livro
Caminho, Verdade e Vida, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de
Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.

Em  26.10.2012.

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