Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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Moisés foi o grande líder do povo de Israel, alguns milênios antes de Cristo. Libertou, do longo período de cativeiro no Egito, milhares de sua raça.

Mas, as andanças do povo hebreu, depois da saída do Egito, narrada no Velho Testamento bíblico, durou cerca de quarenta anos, atravessando o deserto. Um período muito rude, e muito difícil para todos os que buscavam a terra prometida de Canaã.

Nesse período, a fome era muito grande e eles comiam o que havia no deserto. O pão, sem fermento, tinha um sabor amargo, a bebida também, justamente pela falta de temperos, que pudessem dar um melhor sabor à sua alimentação.

No mês de Nissan, que corresponde a março/abril, era comemorada, pelos israelitas, uma festa pastoril, desde muitos anos antes de Moisés.

Nessa mesma época, havia a festa dos ázimos, que os cananeus celebravam no princípio da colheita.

A palavra páscoa tem origem desconhecida. Acredita-se que pode ter tido significado de dança cultual, ou para outros, a comemoração da passagem do sol pela constelação de carneiro.

Pode vir ainda a ser pessach que significa passagem, no idioma aramaico.

Com o passar do tempo, muitos anos depois de Moisés, a raça judaica ainda celebrava a passagem no deserto de seus antepassados, comendo pão sem fermento e ervas amargas.

Todos esses cultos, que aconteciam na mesma época do ano, foram misturados, dando origem, com o passar dos séculos, à páscoa, uma única festa, que os judeus de toda parte celebravam em Jerusalém.

Jesus também foi comemorar a páscoa, no último ano de Sua vida pública, com Seus discípulos, narram-nos os Evangelhos. Jerusalém estava lotada, milhares de pessoas se encontravam para essa festa que durava cerca de uma semana.

Foi nesses dias que aconteceu, na história da vida do Cristo,  a traição de Judas, a invigilância dos Apóstolos, as negações de Pedro, o abandono da maioria dos discípulos, amedrontados com o processo injusto que estava levando o Mestre para a morte.

Ele foi crucificado, em pleno período de páscoa.

Passados três dias de Sua morte, Ele ressurgiu, indicando que a morte não existe, provando todas as Suas palavras e ensinamentos sobre o reino de Deus, o reino do Pai.

E, a partir de então, os cristãos passaram a comemorar na Páscoa a ressurreição de Cristo.

*   *   *

Reflitamos a respeito de algumas festas, que acontecem no calendário terreno.

Busquemos compreender a sua origem , a fim de bem comemorá-las.

 

Redação do Momento Espírita.
Em 14.09.2012.

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