Momento Espírita
Curitiba, 22 de Novembro de 2024
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ícone Inspiração do poeta

Conta-se que, num dia qualquer, o compositor Almir Sater estava em São Paulo para uma temporada. Em certo momento, desceu do seu apartamento para tomar um cafezinho num mercado ali perto.

Encontrou um amigo, que o convidou para experimentar uma viola que acabara de comprar. Enquanto tomavam café, Almir dedilhou a viola e soltou a voz:

Ando devagar... ao que o amigo emendou... Porque já tive pressa.

Dizem que essa maravilha chamada Tocando em frente, ficou pronta em dez minutos. Um dia, alguém perguntou ao Almir como essa música fora feita e ele respondeu: Ela estava pronta. Deus apenas esperou que eu e o Renato nos encontrássemos para mostrá-la para nós.

Será verdade ou será mais uma dessas lendas que se inventam, a respeito de pessoas célebres e suas produções?

Lenda ou verdade, não importa. O que sabemos é que a inspiração existe e disso entendem muito bem os gênios de todos os matizes.

E a letra e música de Tocando em frente são uma joia rara.

Convidam-nos a parar em meio à correria, a viver com mais vagar, como a saborear cada momento.

Também nos recordam que, na vida, lágrimas e sorrisos se sucedem.

Assim dizem os versos: Ando devagar porque já tive pressa.

E levo esse sorriso, porque já chorei demais.

Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe...

Eu só levo a certeza de que muito pouco eu sei, eu nada sei...

Há tanto para aprender. E quantos cremos ser superiores por entendermos disso ou daquilo. E, contudo, quem verdadeiramente se dedica a aprender, descobre que quanto mais aprende, mais há a ser pesquisado, descoberto.

Conhecer as manhas e as manhãs, o sabor das massas e das maçãs.

O planeta Terra é o grande laboratório divino em que provamos a dor, a alegria. Em que nos extasiamos ante a manhã que se espreguiça e nos encantamos com a riqueza das pessoas.

Cada uma com seu talento especial, sua forma de ser, de agir em nossas vidas.

E, neste planeta de provas e expiações, com quantas delícias nos agracia Deus. Sabores de frutas, consistências inúmeras.

É preciso tudo provar. Aprender a degustar, reconhecendo o sabor de cada fruta, do trigo transformado em pão, do grão triturado, moído, servido com aroma de café.

Mas é preciso o amor pra poder pulsar, é preciso paz pra poder sorrir, continua cantando o inspirado poeta.

Sim, o amor nos é imprescindível porque fomos criados e somos mantidos pelo amor de Deus, trazendo essa essência divina em nossa intimidade.

E somente sorri, num mundo de tanta perversidade ainda, quem já descobriu o segredo da vida na Terra, que se chama oportunidade e progresso.

Por isso, cada um de nós compõe a sua história. E cada ser em si, carrega o dom de ser capaz, de ser feliz.

E, como todo mundo ama, todo mundo chora, não esqueçamos que um dia a gente chega, no outro vai embora.

A vida é transitória. Aproveitemo-la, ao máximo, vivendo com a família, os amigos. Produzindo na sociedade, deixando nossas marcas de luz para, como alguém já falou, quem venha atrás, possa dizer: Por aqui passou um ser iluminado. Uma estrela...

Redação do Momento Espírita.
Em 9.6.2020.

 

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