Momento Espírita
Curitiba, 22 de Novembro de 2024
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ícone Uma importante lição

Numa época em que um sorvete custava muito menos do que hoje, um menino de dez anos entrou numa lanchonete e se sentou a uma mesa.

Uma garçonete colocou um copo d'água na frente dele.

Quanto custa um sundae? Ele perguntou.

Cincoenta centavos, respondeu a garçonete.

O menino puxou as moedas do bolso e começou a contá-las.

Bem, quanto custa o sorvete simples? Perguntou outra vez.

A essa altura, mais pessoas estavam esperando por uma mesa. A garçonete foi se irritando. De maneira brusca, respondeu: Trinta e cinco centavos.

O menino, mais uma vez, contou as moedas e disse: Eu vou querer, então, o sorvete simples.

Depressa, a moça trouxe o sorvete simples e a conta, colocou na mesa e saiu. O menino acabou o sorvete, pagou a conta no caixa e saiu.

Quando a garçonete voltou e começou a limpar a mesa, não pôde deixar de chorar. Ali, do lado do prato, havia duas moedas de cinco centavos e cinco moedas de um centavo. Ou seja, o menino não pôde pedir o sundae porque ele queria que sobrasse a gorjeta da garçonete.

*   *   *

Ser grato aos que nos servem é um dever tanto quanto servir com alegria.

Quem serve, deve mostrar gratidão pela oportunidade do trabalho. Quem é servido deve demonstrar gratidão pelo serviço do outro, de que necessita.

Afinal, todos somos, na Terra, dependentes uns dos outros.

Já imaginou em que se transformaria o panorama do mundo sem a contribuição de faxineiros, pedreiros, carpinteiros, jardineiros?

O que seria do hospital, com médicos, enfermeiras e gente especializada nos laboratórios, se faltasse a faxina para garantir a limpeza?

Como poderia garantir a qualidade dos seus pães e doces, o padeiro, sem o concurso do produtor que lhe entregasse a farinha de boa qualidade?

De que valeria o trabalho muito bem pensado e estruturado de engenheiros e arquitetos, se faltasse a preciosa mão de obra de serventes e carpinteiros?

Em todo lugar, sempre, dependemos uns dos outros. O que abre a loja e expõe a mercadoria, necessita do cliente que observe, goste e compre.

Clientes e vendedores, patrões e empregados, superiores e subordinados, necessitamos e muito uns dos outros. Não podemos sobreviver, muito menos viver uns sem os outros.

Por isso, a melhor técnica é nos unir, dar as mãos, valorizarmo-nos uns aos outros e sermos gratos pela oportunidade de servir e receber serviços.

*   *   *

O comércio é também uma escola de fraternidade. Realmente, precisamos da atenção do vendedor, mas o vendedor espera de nós a mesma atitude.

Sempre que nos sintamos no direito de reclamar, não façamos do nosso verbo um instrumento de agressão.

Por vezes, a pessoa mal-humorada, em seus contatos públicos, carrega um pesado fardo de inquietação e doença.

Acostumemo-nos a pedir por favor aos que trabalham em repartições, armazéns, lojas, lanchonetes e hotéis.

Antes de serem empregados à disposição de clientes, são seres humanos que sentem alegria, dor, têm seus problemas e esperam compreensão dos demais seres humanos.

 

Redação do Momento Espírita, com base em história de autoria
ignorada e no cap. 11 do livro
Sinal verde, pelo Espírito André Luiz,
psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Cec.

Em 14.08.2012.

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