Momento Espírita
Curitiba, 26 de Novembro de 2024
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ícone Rogativa de Matilde

Lemos, recentemente, a história de um Espírito de alto gabarito, intensamente luminoso.

Chama-se Matilde e há séculos trilha a rota ascendente do bem. Entesourou amor e sabedoria, em larga medida.

Agora, Matilde programa uma reencarnação, com o propósito de auxiliar alguns de seus amores, que permanecem em estado de indigência espiritual.

Ela planeja renascer como filha de antiga conhecida sua.

Uma moça que já foi sua filha no pretérito.

Aproveitando uma noite de sono de sua futura mãe, a entidade superior a visita.

Então, entretém com ela uma interessante conversa.

Ao saber que aquele anjo de luz pretende renascer, a moça não contém seu espanto.

Contudo, Matilde a esclarece sobre a importância da lei de trabalho.

Afirma que a vida na Terra constitui uma imensa oficina, na qual é possível desenvolver valores eternos.

Para isso, basta que o candidato à iluminação aceite os imperativos de serviço que a bondade Divina lhe oferece.

A seguir, Matilde formula alguns pedidos a sua futura mãe.

O que será objeto de preocupação de uma entidade luminosa antes de reencarnar?

Terá ela pedido para receber uma educação formal primorosa?

Para ser matriculada nos melhores colégios?

Para ser resguardada de contratempos, a fim de ter uma infância rosada?

*   *   *

Com nada disso Matilde demonstra preocupação.

Ela esclarece sua antiga filha sobre o aspecto santo da maternidade, na orientação dos Espíritos renascentes.

Afirma que carinho quase sempre não falta no santuário doméstico.

Mas que a ternura absoluta é tão nociva quanto a absoluta aspereza.

Diz que as melhores possibilidades em cada vida se perdem, por falta de quem guie os reencarnantes nos labirintos do mundo.

Pede para não ser recebida no mundo como uma boneca frágil e mimosa.

Destaca que adornos externos não trazem felicidade legítima ao coração.

Que a ventura decorre do caráter edificado e cristalino, base da boa consciência.

Pede para não ser relegada à inutilidade, a pretexto de ser protegida.

Roga para não ser mimada, mas amada e orientada, de forma criteriosa.

*   *   *

A rogativa de Matilde indica bem o papel dos pais.

Ao reencarnar, o Espírito se vê privado de suas memórias e é muito suscetível à influência.

Na infância, deve ser objeto de intensos cuidados, a fim de se direcionar para a responsabilidade e a vida reta.

Em sua grave tarefa educativa, os pais devem mesclar com sabedoria os recursos da energia e da doçura.

Caso contrário, podem dificultar a redenção dos filhos que Deus lhes confiou.

Pense nisso.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 19, do
 livro  Libertação, pelo Espírito André Luiz, psicografia de
 Francisco Cândido Xavier, ed. FEB.
Em 10.12.2021.

 

 

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