Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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Um dos mais famosos salmos, declamado e cantado pelo mundo, por religiosos ou não, cremos deva ser o de número vinte e três, cuja autoria é atribuída a David.

David nasceu pastor e foi ungido rei pelo profeta Samuel, após uma revelação em sonho que, segundo ele, lhe teria sido dada pelo próprio Yaweh, o Espírito protetor da nação israelita.

Jovem, David guardava o rebanho de seu pai. Acostumado, portanto, como ele mesmo narra, a defender-se e às ovelhas das garras de leões e ursos.

Também a contemplar, durante horas, a paisagem que se estendia, entre vales e montanhas, o céu azul. Era um artista. Célebre é seu desempenho com que deliciava o rei hebreu Saul com sua harpa.

Revelou-se igualmente exímio poeta e cantor, considerando que os salmos eram hinos sagrados por meio dos quais o povo de Israel costumava louvar o Altíssimo, implorar a Sua misericórdia, recordar e agradecer as bênçãos recebidas.

Os hebreus denominavam esses cantos de hinos, cantados ao som de um instrumento. E David assim cantou:

O Senhor é o meu pastor. Nada me faltará.

Deitar-me faz em verdes pastos. Guia-me mansamente a águas tranquilas.

Refrigera a minha alma. Guia-me pelas veredas da justiça, por amor do Seu nome.

Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque Tu estás comigo. A Tua vara e o Teu cajado me consolam.

Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda.

Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida. E habitarei na casa do Senhor por longos dias.

David captou muito bem o papel que teria o Espírito Excelso que viria ter conosco, séculos após.

Jesus veio para o seio dos homens, a fim de com eles conviver e lhes ensinar o exercício do amor.

O amor veio para os amados. Chamou de amigos os Apóstolos, exaltando as qualidades do amigo que dá a sua pela vida do seu amigo.

Mas, Seu canto mais doce foi captado pelo Apóstolo João, que assim o traduziu em seu Evangelho: Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a própria vida pelas suas ovelhas.

O mercenário, porém, e o que não é pastor e a quem não pertencem as ovelhas, vê chegar o lobo e foge.

Mas, eu sou o bom pastor. Conheço as minhas ovelhas e minhas ovelhas me conhecem, assim como meu pai me conhece e como eu conheço meu pai.

Dou a minha vida pelas minhas ovelhas. Tenho ainda outras ovelhas que não são deste aprisco. É necessário que as conduza também.

E escutarão a minha voz, e haverá um só aprisco e um só pastor.

*   *   *

Jesus é o Divino Pastor. Todos os que nos encontramos neste planeta, estamos sob Seus cuidados.

Não importa se cremos ou não. Ele é quem por nós vela. Ele derrama por sobre o mundo o Seu amor.

E, embora possamos, em rápida observação, imaginar que o caos e a confusão reinam na Terra, Ele a tudo preside, atento.

Não esqueçamos disso: o Pastor está no leme.

 

Redação do Momento Espírita, com versos do Salmo 23, do livro bíblico
Salmos e do Evangelho de João, cap. 10, versículos 11 a 16.
Em 22.06.2012.

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