Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone Nossa natureza

Quais são as maiores preocupações a consumir nossos dias e nossas energias? Com que assuntos ocupamos nosso tempo e nossas capacidades a fim de resolvê-los?

Se fizermos uma contabilidade das horas, dos dias, veremos que um bom tanto, se não a totalidade de nosso tempo, é dedicado para as coisas do mundo.

Estamos sempre preocupados com as contas a pagar, com o emprego, com as ocupações profissionais.

Quando não isso, estamos envolvidos nas preocupações da manutenção do lar, em melhorar nossa capacitação profissional, em gerenciar as atividades familiares.

Ocupamos o tempo com a formação intelectual dos filhos, as necessidades diárias, a organização da agenda pessoal e os compromissos mais diversos.

Ora, a preocupação está no orçamento doméstico, de outra feita na programação das férias e dos momentos de lazer, para em um momento seguinte a atenção se voltar aos cuidados com o corpo, a saúde e a alimentação.

É natural que seja assim, pois são todos esses compromissos e necessidades inerentes à vida aqui na Terra.

São essas responsabilidades que vão forjando em nosso caráter a noção de dever, a disciplina, conquistas que a alma carregará para sempre consigo.

Porém, nada obstante todas essas questões e esse imenso mar de atividades em que nos encontramos imersos, não podemos esquecer nossa verdadeira natureza.

Somos Espíritos imortais, navegando na mortalidade, em uma experiência física, com prazo determinado.

Logo mais retornaremos à pátria espiritual e todas essas preocupações, hoje tão intensas, não mais serão relevantes ou significativas.

Dessa forma, é importante que vivamos nas lides terrenas, porém jamais esquecendo nossa Natureza Espiritual.

Se somos seres imortais, é necessário, imprescindível mesmo, que utilizemos algumas horas de nossa semana investindo em nossa Imortalidade, em nossa alma.

Afinal, quantas horas por semana nos dedicamos a meditar, refletindo a respeito dos nossos atos e valores, sobre aquilo que se passa em nosso coração?

Quanto tempo, em nosso dia, dedicamos para a oração, para nosso vínculo com Deus?

Quanto de nosso tempo é utilizado para fomentar, provocar e desenvolver valores nobres, como a caridade para com o próximo, a solidariedade e a amizade?

Todas as nossas necessidades diárias não podem pesar em nosso cotidiano a ponto de nos fazer esquecer quem efetivamente somos.

Mesmo que tudo pareça convergir para esse mundo de externalidade, de necessidades físicas e materiais, é necessário que recordemos diariamente da nossa verdadeira natureza.

Assim agindo, não seremos daqueles que, esquecendo de cuidar das coisas da alma, a deixamos imergir em profundas distonias.

Tenhamos sempre em mente que somos muito mais do que aquilo que conseguimos ver refletido no espelho.

 

Redação do Momento Espírita.
Em 09.06.2012.

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