Podemos comparar nossa existência a uma longa viagem, em um navegar por mares desconhecidos.
Como em toda grande empreitada, em todo grande empreendimento, é natural que antes de começar a viagem muitos planos se façam.
Assim se deu com cada um de nós. Antes de iniciarmos essa viagem chamada vida, nossos planos, percursos e roteiro foram traçados.
Sob a tutela de amigos espirituais, os dias mais difíceis foram programados, as conquistas a se empreender previstas.
Ainda, os encontros e reencontros de almas, afins umas, desafetos outras, foram estimados para reacertos de um passado difícil.
Jamais podemos dizer que estamos ao acaso em nossa existência. Afinal, as coisas de nossa vida foram planejadas e programadas conforme as leis de Deus, que provê as nossas necessidades, mesmo que, às vezes, não as consigamos entender.
Assim, haverá dias de regozijos e de conquistas, onde a alegria e o júbilo serão a tônica.
Mas, naturalmente, haverá dias também de perdas, dificuldades, e desafios, onde a dor e as lágrimas pautarão o caminhar.
É natural que seja assim. Afinal, ao programarmos uma existência, uma nova vida, buscamos efetuar conquistas e também ressarcir os erros de outros tempos.
Não por acaso que Jesus afirmou que não deixaríamos a Terra antes de pagar cada centavo moral do que devemos.
Então será ilusório imaginar uma existência pautada unicamente pelo sucesso e pela alegria.
A dor, a dificuldade e os desafios de menor ou maior monta também são oportunidades de crescimento que a vida oferece.
Assim como o navegador ganha experiência e maturidade nos dias de tempestade e no mar bravio, a vida nos oportuniza conquistas maiores para nossa realidade íntima.
Dessa forma, quando tempestades assolarem nossa existência, lembremos de agradecer a Deus pelo ensejo.
Analisando cada dificuldade como a oportunidade do aprendizado que ainda nos falta, sempre veremos a sabedoria de Deus a nos oferecer lições benditas.
E conseguiremos perceber assim que, ao findar de cada problema, a alma se mostrará mais fortalecida, mais estruturada e com valores mais nobres.
Assim, armemo-nos de fé, coragem e resignação frente às tempestades que nos assolarem os mares da existência.
Utilizemos da oração como companheira inseparável e sigamos resolutos a singrar os mares da vida.
E, para que não nos percamos no rumo a seguir, mesmo sob mares revoltos, tenhamos Jesus como farol a iluminar as noites escuras de nossa existência, indicando-nos rumo seguro sempre.
Assim, ao tê-lO como meta a alcançar, ao elegê-lO como bússola inseparável, certamente conseguiremos logo mais atracar no porto seguro da paz e da plenitude a que faremos jus.
Redação do Momento Espírita.
Em 26.05.2012.