Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone Educação e valores

Sempre que pensamos em educação, chega-nos à imaginação o ambiente escolar, o professor, livros.

É que para muitos, educação é desenvolver o intelecto, adquirir cultura, se instruir.

Para outros, educação está vinculada à ideia de se portar corretamente em sociedade, de cumprir regras de conduta e de cidadania.

Allan Kardec, o eminente pedagogo, preferiu, com propriedade, definir educação como a arte de formar caracteres.

Assim, a educação, ao seu ver, vai muito além de apenas a instrução acadêmica ou do bem cumprir regras e preceitos sociais.

Não que esses fatores não sejam importantes. Porém, para o sábio professor, a educação tem tarefa muito mais nobre e complexa.

Afinal, se educação é a formação de caracteres, como essa formação se dá?

É ainda Allan Kardec quem esclarece que essa educação moral se dá através dos hábitos adquiridos.

E esses hábitos se adquirem, se incorporam ao nosso procedimento e aos nossos valores, pela insistência e repetição.

Dessa forma, somos educados e educamos pela insistência nos hábitos.

Não é por acaso que um indivíduo, ao acostumar-se com a mentira, como hábito cotidiano, terá a mentira como algo perfeitamente normal.

Outros que, pela insistência, são levados ao roubo, de tal maneira incorporam essa prática, que não a veem como errada ou incorreta.

Assim acontece conosco. Somos o reflexo de nossos hábitos, que passam a ser os caracteres morais que carregamos.

Se hoje temos por hábito desrespeitar o próximo é porque nos educamos, ou fomos educados, dessa maneira.

Se somos violentos nos nossos relacionamentos, se perdemos a calma com facilidade, ou se não conseguimos respeitar a opinião alheia é porque isso temos por educação.

*   *   *

Como todo ser humano é uma obra inacabada, todo o processo de educação está igualmente inacabado.

Isso quer dizer que sempre há o que modificar, alterar, melhorar em nossa educação.

Em outras palavras, sempre podemos nos educar de maneira diferente.

Hábitos que não são adequados, podem ser substituídos, com esforço próprio, por outros, mais saudáveis.

Muitas vezes, sem perceber, fomos educados para o poder, para as conquistas externas e para o dinheiro.

Porém, se hoje observarmos que em nós há algo que deva ser mudado, que precisamos melhorar, é sinal que desejamos nos educar de maneira diferente.

Assim, devemos nos pautar por valores positivos para que sejam eles nossos guias nesse esforço individual por melhoria.

Vamos, portanto, aos poucos, nos moralizando, nos educando de maneira plena e efetiva.

Será pelas mãos sábias e pródigas da educação que todo ser humano conseguirá atingir patamares de moral e bem proceder.

Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita.
Em 28.04.2012.

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