Afirmativas populares como: Este mundo é um vale de lágrimas têm levado muitas pessoas ao desânimo, à melancolia, até à depressão.
Mesmo pessoas que têm o conhecimento do porquê se está na Terra, que se trata, ainda, de um planeta de provas e expiações, falam a respeito do mundo de contínuas aflições e dores.
E tudo que ocorre, de forma rápida, é levado à conta de resgate do passado, de ressarcimento de débitos transatos.
Analisando, no entanto, tantas desgraças diárias, nos questionamos: será tudo pagamento de dívidas anteriormente contraídas?
Jesus afirmou que a cada um seria dado segundo as suas obras. Não especificou tempo, data alguma.
A criatura, portanto, a cada hora, pela sua forma de agir, está construindo o seu momento seguinte.
A toda ação corresponde uma reação.
Algumas demoram um tempo maior para terem o retorno, outras o têm quase imediatamente.
Aprendemos, na Doutrina Espírita, que Deus é infinitamente justo e bom, o que equivale a dizer que ninguém sofre de forma indevida.
Isso nos leva a pensar em quantas ações realizamos que se traduzirão em muitas lágrimas e muitas dores para nós mesmos ou para outrem.
Se analisarmos os tantos desastres no trânsito, logo nos depararemos com o elevado índice dos que são o exato produto da imprudência.
Pessoas não habilitadas ao volante, veículos em péssimo estado de manutenção, criaturas por trás do volante alheias ao seu entorno.
Isto é, conduzindo o seu veículo como se fossem os únicos nas ruas ou nas estradas, desrespeitando as regras de trânsito na sua totalidade.
E que se dizer, então, dos que se propõem a dirigir em estado de embriaguez ou encharcados de outras drogas?
Quantos acidentes poderiam ser evitados. Vejamos que, em muitos casos, o mal que a pessoa a si mesma inflige é por sua culpa, somente.
Em princípio, não havia uma causa de vida anterior a determinar que se acidentasse, tragicamente, e ficasse com sequelas terríveis.
Foram suas ações invigilantes do agora que assim determinaram.
Mas, dirão, e quando pessoas inocentes são levadas nesse roldão?
Quando alguém embriagado atropela cidadãos que transitavam pela rua, a caminho do trabalho, da igreja, da escola?
Esses, sim, colhidos, ao que pode parecer de forma aleatória, são os que têm algo a ressarcir à Lei.
Por isso, acabam ficando na trajetória da loucura alheia e se tornam o que denominamos vítimas.
Mas, pensemos, quantas lágrimas de mães poderiam jamais escorrer dos olhos.
Quantos corações de pais poderiam deixar de ser despedaçados, quantas esposas não necessitariam sofrer a viuvez de forma tão rude.
Quantas noivas não precisariam chorar sobre corpos de noivos ensanguentados.
Morreriam, sim, mas não de forma tão contundente, trágica.
Pensemos nisso e oremos a Deus que nos ajude a não nos tornarmos autores de tragédias desnecessárias.
Pensemos nisso e vigiemos para que não sejamos agentes da infelicidade, por descuido, desleixo ou irresponsabilidade.
Nossa seja sempre a ação positiva, a ação do bom, do bem, não colaborando para infelicidade nossa ou de outrem, de forma alguma.
Redação do Momento Espírita.
Em 26.04.2012.