Aos catorze anos, a agenda de Andressa era repleta. De segunda a domingo tinha compromissos assumidos, de forma voluntária, com as pessoas da sua comunidade.
Aos domingos, trabalhava em um programa de rádio, falando ao público sobre o Evangelho de Jesus, contando histórias infantis e distribuindo brindes.
Nos demais dias da semana estudava pelas manhãs e, no período da tarde, se dedicava à ajuda humanitária, levando alegria e esperança a muitas pessoas.
Nas segundas-feiras, realizava um trabalho missionário. Nas terças, visitava um asilo. Na companhia dos idosos cantava, orava, brincava e conversava com alguns deles, amenizando um pouco a solidão em que viviam.
Quarta-feira era o dia dedicado à assistência social. Montou em sua casa uma cooperativa que tinha como objetivo ajudar as pessoas do seu bairro a aumentarem a renda mensal.
As pessoas que participavam desse projeto eram de famílias bem carentes e ali tinham oportunidade de aprender a fazer diferentes tipos de trabalhos manuais.
Nas sextas-feiras coordenava um grupo de oração infantil. Os pedidos de oração vinham de diferentes lugares e eram enviados a esse grupo por escrito, contendo o nome da pessoa a ser auxiliada.
Através desse projeto, ensinava para aquelas crianças a importância e o alcance da oração. Mostrava o quanto todos podemos ser beneficiados pelas boas vibrações vindas daquele que ora com amor e fé em Deus.
Aos sábados, ela acordava cedo e convidava algumas crianças para acompanhá-la à igreja.
Era tão dedicada ao próximo que, certa vez, com o objetivo de colaborar em uma atividade para jovens da igreja, pediu à sua mãe para utilizar o dinheiro que vinha sendo guardado para a realização da sua festa de quinze anos.
Ela estudava, brincava e curtia a família como qualquer outra jovem da sua idade, mas tinha consciência de que, das vinte e quatro horas do dia, era importante que tirasse algum tempo para fazer um trabalho voluntário.
Teve oportunidade de assim se expressar: Se não fizermos agora o trabalho ao qual Jesus nos convida, talvez amanhã não dê tempo.
E não houve mais tempo...
No dia vinte e dois de março de 2008, na cidade de Pelotas, no Rio Grande do Sul, enquanto Andressa se dirigia para sua igreja, o carro onde estava chocou-se contra um caminhão.
Nesse acidente, ela desencarnou, juntamente com a sua avó, tia e prima.
No pouco que viveu, ela fez muito.
Fez tudo o que podia, enquanto pôde.
Com um sorriso constantemente emoldurando seu rosto, viveu sua vida a ajudar o outro, demonstrando a imensa grandeza que carregava no coração.
Desde cedo, aos nove anos, ela partiu para o trabalho no mundo, disposta ao serviço em favor do próximo e com doação de si mesma mostrou que a igreja que devemos construir é a do amor e da caridade.
Que o exemplo dessa doce menina, Andressa Duarte Barragana, possa nos levar a refletir um pouco mais no que fazer diariamente. Que possamos melhorar a capacidade de sermos úteis à sociedade em que vivemos.
Meditemos então sobre qual tem sido nosso grau de utilidade e não deixemos para amanhã a oportunidade de modificar o mundo em que vivemos.
Pode não dar tempo...
Redação do Momento Espírita, com base em dados biográficos de
Andressa Barragana, disponibilizados na Internet.
Em 17.04.2012.