Momento Espírita
Curitiba, 22 de Novembro de 2024
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ícone Matar o tempo

   Em sua Epístola aos Romanos, Paulo de Tarso discorre sobre a importância do tempo.

   Segundo ele aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz.

   Ou seja, quem desvaloriza o dia que vive mostra ingratidão para com Deus.

   A maioria dos homens não percebe ainda os valores infinitos do tempo.

   Existem os que efetivamente abusam dessa concessão divina.

   Julgam que a riqueza de todos os benefícios lhes é devida por Deus.

   Sentem-se na posição de credores do Universo.

   Contudo, fariam bem em interrogar suas consciências quanto ao motivo de semelhante presunção.

   A Criação universal constitui um patrimônio comum, outorgado por Deus aos Seus filhos.

   Consequentemente, é razoável que todos gozem as possibilidades da vida.

   Ocorre que essas possibilidades constituem um investimento da Divindade no bem-estar coletivo.

   Quem as recebe fica na condição de depositário.

   Necessita utilizá-las a benefício próprio e alheio.

   Ao reencarnar na Terra, o homem é investido na condição de usufrutuário de variados tesouros.

   Mediante seu uso sóbrio e útil, deve providenciar seu aperfeiçoamento espiritual.

   Sendo a vida eterna, o homem sempre disporá de algum tempo.

   Mas o que representa o tempo se ele estiver sem luz, sem equilíbrio, sem saúde e sem trabalho?

   São raros os que valorizam o dia, em suas infinitas possibilidades.

   Os que trabalham com seriedade, perdoam, tecem conversações sadias, cuidam de ser agentes da paz e do progresso.

Em toda parte se multiplicam as fileiras dos que procuram aniquilar o dia.

   A velha expressão popular matar o tempo evidencia o descaso com que esse tesouro é tratado.

   Nos mais obscuros recantos da Terra, há criaturas exterminando possibilidades sagradas.

   São horas gastas em passatempos inúteis.

   Jogos viciantes, conversações nocivas, leituras que não edificam...

   No entanto, um dia de paz, harmonia e iluminação constitui um bem de valor infinito.

   Mediante o agir humano as Leis Divinas se revelam e executam no mundo.

   Quem logra se tornar instrumento delas cresce em paz e harmonia.

   Os interesses imediatistas do mundo clamam que Tempo é dinheiro.

   Entretanto, os homens, vida após vida, têm de recomeçar obras inacabadas.

   Eles fazem e desfazem, constroem e destroem, aprendem levianamente e recapitulam com dificuldade, na conquista da experiência.

   Em quase todos os setores da evolução terrestre, o abuso das oportunidades complica os caminhos da vida.

   Entretanto, desde muitos séculos, o Apóstolo afirma que o tempo deve ser do Senhor.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 1, do livro
Caminho, Verdade e Vida, pelo Espírito Emmanuel, psicografia
de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB.
Em 21.7.2020.

 

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