Momento Espírita
Curitiba, 22 de Novembro de 2024
busca   
no título  |  no texto   
ícone Dever de trabalhar

Em conhecida passagem do Evangelho, Jesus afirma que o Pai Celeste trabalha até agora e que Ele também trabalha.

Trata-se de um interessante ensino, em um mundo que não costuma perceber o trabalho como uma bênção.

Em todos os quadrantes das atividades humanas, é possível observar criaturas queixosas e insatisfeitas.

Quase todas pedem socorro.

Raras amam o esforço que lhes foi conferido.

A maioria revolta-se contra o gênero de seu trabalho.

Os que varrem a rua querem ser comerciantes.

Os comerciantes desejam a condição de industriais.

Os trabalhadores do campo preferem a existência na cidade.

Quem obedece almeja mandar.

Os convocados aos altos postos falam do peso de suas atribuições.

O problema, contudo, não é de gênero de tarefa, mas de compreensão da oportunidade recebida.

De modo geral, as queixas, nesse sentido, são filhas da preguiça inconsciente.

Trata-se do desejo de conservar o que é inútil e ruinoso, das quedas do próprio passado.

O anseio pelas altas posições sinaliza uma visível vaidade.

O desejo de muito ganhar e pouco fazer evidencia ganância e preguiça.

Todo homem é herdeiro de si mesmo, em especial quanto a seus pendores e aptidões.

Ele é sabiamente colocado pela vida nas posições mais adequadas ao próprio burilamento.

Por certo o esforço individual tem o seu papel a cumprir nos destinos humanos.

É sempre louvável o homem que vence as injunções de sua vida e supera todos os obstáculos.

Contudo, enquanto atua em determinada área, deve honrá-la e honrar-se com o seu desempenho profissional.

No contexto de uma única vida material, nem todos podem mandar ou deter as posições de fortuna.

Estas se alteram conforme as necessidades de experiência das criaturas.

As posições modestas costumam ser das mais úteis no aprendizado da obediência, da humildade e da frugalidade.

Já as altas colocações são convites à doação ao semelhante.

Não se destinam a satisfazer a vaidade, mas a realizar o bem coletivo.

O importante é valorizar o trabalho, conforme se apresente.

Trabalhar é uma bênção e um dever incontornável.

Nesse sentido, Jesus afirmou que Deus não cessa de agir em Sua obra eterna de amor e sabedoria.

Também aduziu que Ele próprio Se dedica de modo incansável à raça humana.

Assim, quando sentir cansaço ou vontade de reclamar, lembre-se de que Jesus está trabalhando.

A Humanidade começou ontem seu humilde labor.

Mas o Mestre Se esforça por todos desde quando?

Pense nisso.

 

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 4, do livro
Caminho, verdade e vida, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de
Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.

Em 05.04.2012.

© Copyright - Momento Espírita - 2024 - Todos os direitos reservados - No ar desde 28/03/1998