Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone O vestido azul

Num bairro pobre de uma cidade distante, morava uma garotinha muito bonita. Ela frequentava a escola local. Sua mãe não tinha cuidados com ela e a criança quase sempre se apresentava suja. Suas roupas eram velhas e maltratadas.

O professor ficou penalizado com a situação da menina. Como é que uma menina tão bonita, pode vir para a escola tão mal arrumada?

Separou algum dinheiro do seu salário e, embora com dificuldade, resolveu lhe comprar um vestido novo. Ela ficou linda no vestido azul.

Quando a mãe viu a filha naquele lindo vestido azul, sentiu que era lamentável que sua filha, vestindo aquele traje novo, fosse tão suja para a escola. Por isso, passou a lhe dar banho todos os dias, pentear seus cabelos, cortar suas unhas.

Quando acabou a semana, o pai falou: Mulher, você não acha uma vergonha que nossa filha, sendo tão bonita e bem arrumada, more em um lugar como este, caindo aos pedaços?

Que tal você ajeitar a casa? Nas horas vagas, eu vou dar uma pintura nas paredes, consertar a cerca e plantar um jardim.

Logo mais, a casa se destacava na pequena vila pela beleza das flores, que enchiam o jardim, e o cuidado em todos os detalhes.

Os vizinhos ficaram envergonhados por morar em barracos feios e resolveram também arrumar as suas casas, plantar flores, usar pintura e criatividade.

Em pouco tempo, o bairro todo estava transformado. Um religioso, que acompanhava os esforços e as lutas daquela gente, pensou que eles bem mereciam um auxílio das autoridades.

Foi ao Prefeito expor suas ideias e saiu de lá com autorização para formar uma comissão para estudar os melhoramentos que seriam necessários ao bairro.

A rua de barro e lama foi substituída por asfalto e calçadas de pedra. Os esgotos a céu aberto foram canalizados e o bairro ganhou ares de cidadania.

E tudo começou com um vestido azul. Não era intenção daquele professor consertar toda a rua, nem criar um organismo que socorresse o bairro.

Ele fez o que podia, deu a sua parte. Fez o primeiro movimento que acabou estimulando a que outras pessoas se motivassem a lutar por melhorias.

*   *   *

Será que cada um de nós está fazendo a sua parte no lugar em que vive?

Por acaso somos daqueles que somente apontamos os buracos da rua, as crianças à solta sem escola e a violência do trânsito?

Se somos, sigamos o exemplo do professor e lembremos que é difícil mudar o estado total das coisas. Que é difícil limpar toda a rua, mas é fácil varrer a nossa calçada.

É difícil reconstruir um bairro mas é possível dar um vestido azul.

*   *   *

Podemos fazer mais em favor da Humanidade se nos dispusermos.

Estendamos a mão para alguém caído. Digamos uma palavra gentil para alguém.

Presenteemos um amigo com uma flor. Façamos sorrir alguém triste. Abracemos com ternura um desafortunado.

Há moedas de amor que valem mais do que os tesouros bancários, quando endereçadas no momento próprio e com bondade.

Ninguém dispensa um amigo, nem um gesto de socorro.

Disputemos a honra de ser construtores do mundo melhor e de uma sociedade mais feliz.

 

Redação do Momento Espírita, com base na história O
vestido azul, de autoria desconhecida e pensamentos do cap.
LXXX do livro
Vida feliz, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

Em 05.04.2012.

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