Momento Espírita
Curitiba, 22 de Novembro de 2024
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Ele era o pastor de uma pequena comunidade. Dividia seu tempo entre as obrigações da igreja e a profissão de instalador de portas de garagem.

Num jogo amistoso de final de semana, ele sofreu uma queda desastrosa. O raio X revelou um par de fraturas graves.

A tíbia esquerda, o maior osso da perna, sofrera uma fratura em espiral e o tornozelo se partira completamente ao meio.

Além da dor terrível, o efeito mais imediato do acidente foi financeiro.

Com quatro quilos e meio de gesso na perna e um joelho que não dobrava, ele não podia subir e descer escadas que a atividade profissional exigia.

Em algumas semanas, as poucas economias tinham evaporado. Na igreja, ele ficou limitado a pregar sentado, com a perna apoiada em uma segunda cadeira.

Quando estava se acostumando a mancar, usando muletas, manifestaram-se pedras nos rins. Os médicos acharam que eram pequenas e poderiam ser eliminadas. E o foram, durante três longos dias de muita dor.

Depois de três meses, o médico disse que a perna estava sarando corretamente, mas ainda precisava ser mantida engessada.

Contudo, agora, outra dor apareceu: do lado direito do peito. Talvez fosse uma espécie de calo, provocado pelo friccionar da muleta.

Ledo engano. O diagnóstico foi câncer de mama. Ele estava com a perna quebrada, tivera pedra nos rins e agora... câncer de mama.

Um sentimento de autopiedade envolveu o pastor, por alguns dias. Mas, prosseguiu nas atividades da igreja, pensando que outras pessoas sofriam muito além do que ele estava sofrendo.

Ele não sabia que a tempestade ainda não terminara. Seu filho de menos de quatro anos apresentou vômitos e febre. O diagnóstico foi gastroenterite e ele pareceu melhorar por uns dias.

O diagnóstico equivocado exigiu que o menino fosse submetido a duas cirurgias por causa de um apêndice perfurado e ficou quase à morte. Tudo num período de dezessete intermináveis dias.

Então, o pastor explodiu com Deus: Onde o Senhor está? É assim que o Senhor trata quem O serve?

Quebrei a perna, tive pedras nos rins, sofri uma mastectomia e é assim que o Senhor vai me deixar comemorar o fim do tempo das provações: vai levar o meu filho?

Quando o menino retornou sadio aos seus braços e lhe disse que, enquanto estava passando pela segunda cirurgia, ele fora levado a um lugar que parecia o céu e que estivera com Jesus, o pastor chorou.

Enquanto ele se revoltava contra Deus, gritava e lhe falava com raiva, o filho de Deus estivera com seu filho nos braços.

Enquanto ele dava mostras de fé abalada, Jesus estava velando por seu menino.

Então, ele compreendeu o grande amor de Deus, que sempre atende as Suas criaturas.

Mesmo que essas não entendam que a ajuda está chegando, que o auxílio está sendo dado.

*   *   *

Pensemos nisso, quando as muitas dores nos estiverem maltratando.

Pensemos nisso e nos mantenhamos firmes, quando a tempestade se fizer mais intensa. Estejamos sempre com Deus.

Afinal, depois da noite escura sempre raia esplendorosa a madrugada.

 

Redação do Momento Espírita, com base nos caps. Dois, Cinco
e Oito, do livro O céu é de verdade, de Todd Burpo, com Lynn Vincent,
ed Thomas Nelson Brasil.
Em 05.03.2012.

 

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