Momento Espírita
Curitiba, 24 de Novembro de 2024
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ícone Amor que não acaba

Até que ponto vai a capacidade de amar do ser humano? Quanto tempo dura o amor?

Um poeta da música disse, certa vez, que o amor é eterno enquanto dure.

E todos os desiludidos, os traídos e abandonados têm impressões muito próprias a respeito do amor, onde a tônica principal é de que amor eterno não existe.

Contradizendo tudo isso, alguns fatos, que a mídia televisiva ou impressa nos traz, afirmam que o amor verdadeiro é uma sinfonia inigualável.

Foi com esse sentimento que Chris Medina, um rapaz de vinte e sete anos, se apresentou em um programa de talentos, cantando uma música de sua autoria.

Os versos diziam mais ou menos assim:

Onde quer que você esteja, estou perto.

Em qualquer lugar que você vá, eu estarei lá.

Toda vez que sussurrar meu nome, você verá como mantenho cada promessa.

Que tipo de cara eu seria se fosse embora, quando você mais precisasse de mim?

O que são palavras se você realmente não acredita nelas quando as diz? Se são apenas para os bons momentos, então elas nada são.

Quando há amor, se diz em voz alta e as palavras não vão embora. Elas vivem mesmo quando partimos.

Eu sei que um anjo foi enviado apenas para mim. Sei que devo estar onde estou. E vou permanecer ao seu lado esta noite.

Nunca partiria quando você mais precisa de mim.

Vou manter meu anjo perto para sempre.

Ele não conseguiu vencer todas as etapas do concurso, sendo eliminado, em determinada fase, mas sua história levou às lágrimas os jurados e o público presente.

Porque a sua composição retrata exatamente o seu drama e sua decisão pessoal. É uma verdadeira declaração de amor.

Ele estava noivo e há dois anos pediu em casamento Juliana Ramos. A jovem bela, entusiasta. Formavam um casal primoroso.

Dois meses antes do casamento, no dia dois de outubro de 2009, o carro de Juliana foi atingido por um caminhão. Ela quase não sobreviveu.

Uma grave fratura no crânio desfigurou seu rosto e a transformou em uma mulher com muitas limitações físicas.

Foi-se a beleza, a agilidade, o sorriso fácil, as caminhadas, a dança, a alegria de todas as horas.

Ele permaneceu ao lado dela. Leva-a consigo para onde vá. E faz shows para arrecadar fundos para o tratamento de que ela necessita.

E isso ele externaliza cantando e agindo.

*   *   *

Quando se ama a beleza e ela se vai, o amor acaba. Quando se amam as formas perfeitas, a plástica, as linhas harmônicas do corpo e tudo isso se vai, o amor também se esvai.

Quando se amam aparências e outra realidade se apresenta, o amor acaba.

Quando se ama a transitoriedade, o amor fenece quando as situações se alteram.

Mas, quando se ama a essência, nada diminui o sentimento.

Esse amor é companheiro, solidário, se esmera para que o outro se sinta bem, seja feliz.

A sua é a preocupação de fazer a felicidade do outro.

Amor assim se perpetua no tempo, independente da soma dos anos, da multiplicação das rugas ou da diminuição da agilidade.

É o amor que sabe envelhecer junto e quanto mais passa o tempo, mais se solidifica.

Redação do Momento Espírita, com base em fato.
Disponível no livro Momento Espírita, v. 11, ed. FEP.
Em 30.1.2023.

 

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