Toda vez que pensamos algo, um sentimento correspondente àquela ideia se apresenta.
A higiene mental se faz através da reflexão sobre os tipos de pensamentos que estamos tendo e quais os sentimentos que eles despertam em nós: de alegria, paz e tranquilidade ou de raiva, contrariedade e ciúme.
A análise diária do conteúdo, com o qual preenchemos a nossa mente, é de extrema importância para a nossa saúde física, mental e espiritual.
Ao identificar o pensamento como energia que emite vibrações, se exterioriza e sintoniza com outros do mesmo teor, entendemos o quanto somos capazes de influenciar o nosso semelhante e os ambientes.
Recebemos de modo direto e permanente as vibrações dos pensamentos que emitimos. Nosso ser impregna-se, pouco a pouco, das qualidades dessas vibrações, sejam elas boas ou más.
Por essa razão, nos sentimos bem quando nos aproximamos de pessoas que se habituam a manter a mente elevada, nutrida de bons sentimentos.
Se mantemos com frequência ideias inspiradas por maus desejos, vamos acumulando a energia emitida por elas, podendo ocasionar desordens físicas e até doenças.
Num movimento contrário, podemos direcionar a mente no sentido da superação e cura de enfermidades. Ela atua modificando a nossa natureza íntima.
É com frequência que vemos pessoas acometidas de doenças graves que apresentam uma recuperação surpreendente, pois mantêm uma atitude mental muito positiva e voltada para o bem.
Assim, de acordo com a nossa vontade, podemos fazer em nós luz ou sombra.
Os ambientes também são influenciados pela projeção dos pensamentos de cada um e ficam impregnados das qualidades boas ou más. Assim se explicam os efeitos que se produzem em lugares de reunião.
Toda assembleia é um foco de irradiação de vários pensamentos. Se o conjunto é harmonioso, com certeza irá causar uma impressão agradável e boas sensações.
Por isso nos sentimos bem ao adentrarmos em templos religiosos, onde é constante a comunhão com Deus. Também em lares em que as pessoas que ali vivem prezam o amor, a harmonia e a paz.
É pelo mesmo mecanismo que, por vezes, nos sentimos desconfortáveis em ambientes onde predominam conversas desagradáveis e insignificantes. Ou onde as pessoas estão sob o efeito de bebidas alcoólicas.
Carregamos o remédio aplicável a essas situações. O pensamento salutar, a prece sincera, o silêncio ou a palavra edificante são fontes permanentes à nossa disposição.
Usando esses recursos, podemos modificar o ambiente em que estamos, influenciando-o com a pureza dos sentimentos.
Evitemos então as palavras vãs, as discussões e as leituras frívolas.
Aprendamos a fiscalizar os nossos pensamentos, a discipliná-los, a imprimir-lhes uma direção determinada, um fim nobre e digno.
Somos o que pensamos, pois é o pensamento que gera nossas palavras e nossas atitudes. Com ele construímos, dia a dia, o presente e o futuro.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. XXIV, do livro O problema do ser, do destino e da dor, de Léon Denis, ed. Feb e no cap. XIV, do livro A gênese, de Allan Kardec, ed. Feb.
Em 08.02.2012.