Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone Jerusalém e Jericó

A parábola do bom samaritano começa assim: Um homem descia de Jerusalém a Jericó, e caiu nas mãos de ladrões que o despojaram, cobriram de feridas, e se foram, deixando-o meio morto.

A imagem utilizada por Jesus é significativa. Sem descermos aos detalhes do bom samaritano que auxiliou aquele homem, é de nos perguntarmos por que ele sofreu a agressão?

Alguns o têm considerado um mercador, um negociante, que padeceu a sanha dos ladrões. No entanto, Jesus não tece nenhuma consideração a respeito.

Simplesmente diz que um homem descia de Jerusalém. Jerusalém era a cidade religiosa. Era lá que estava o templo, local onde oravam os judeus.

Era, portanto, o símbolo da ligação com Deus.

Jericó, por sua vez, era a cidade do ócio e da riqueza material. Lugar de conforto e área de prazer.

Local de abundância. Seu terreno generoso era tido como o mais abençoado oásis da palestina.

É considerada, tradicionalmente, como a cidade mais antiga da Terra. Acredita-se que o homem ali se instalou entre os milênios 10 e 7 a.c.

O homem descia, diz a parábola. Figurativamente, equivale a dizer que, na sua intimidade, abandonou a condição de ligação íntima com Deus na busca de interesses puramente materiais.

Jerusalém representa, na parábola, tudo aquilo que diz respeito ao Espírito e seu crescimento: a moral, a ética, o amor.

Jericó fala aos sentidos mais banais. Então, o homem deixa sua condição de moralidade para buscar os prazeres do mundo.

Nessa etapa de invigilância sofre o assalto, a agressão.

Assim pode ocorrer conosco. Sempre que buscamos as futilidades, esquecendo-nos das primordiais questões do Espírito, sintonizamos com faixas inferiores.

Nessas oportunidades, poderemos ser vítimas dos maus e do mal, pois nos colocamos no seu meio.

A exortação de Jesus para a vigilância que devemos exercer sobre nossos pensamentos e ações não deve ser desconsiderada.

O homem agredido encontrou o bom samaritano que o socorreu. Entretanto, se não tivesse sido invigilante, poderia não ter sofrido o assalto.

Em nosso caminho evolutivo todos passamos pela fieira da ignorância, mas não há necessidade de experimentarmos o mal.

Existem questões em nossas vidas das quais não poderemos nos furtar. Estão no cômputo das nossas necessidades sofrê-las, seja por questões de resgate ou por serem um convite ao progresso.

Isso porque sempre que as dificuldades nos alcançam, nosso instinto de conservação nos impele a buscarmos soluções.

Nessa busca, criamos condições novas para nós mesmos e para a Humanidade. É o que chamamos progresso.

As pandemias, ao longo dos séculos, nos conduziram a pensarmos em melhores condições ambientais, de higiene pessoal, de cuidados para evitarmos a contaminação.

Também a desenvolvermos medicação apropriada e a elaboração de vacinas.

Contudo, existem muitos problemas que não precisaríamos ter. Bastaria maior vigilância pessoal, melhor controle das nossas emoções e dos nossos sentimentos.

Dessa forma, entendamos que optar por Jerusalém ou por Jericó é questão pessoal.

Importante que saibamos realizar a melhor escolha.

 Redação do Momento Espírita, com base no
cap. 18, do livro
Pelos caminhos de Jesus, pelo
Espírito Amélia Rodrigues, psicografia de
Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.

Em 27.1.2021.

 

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