Natal é sempre época de alegrias, presentes, doação. Mais do que em todos os demais meses do ano, as pessoas se sentem motivadas, pelo clima Crístico que se espalha na Terra, de forma mais ampla, a algo promover a benefício de outrem.
Para o Corpo de Bombeiros da cidade de Menphis não é diferente.
Naquele Natal de 2008, eles haviam elegido ofertar presentes aos filhos da família Bateman-Tubbs.
Com a desculpa de instalar detectores de fumaça, um dos bombeiros compareceu à casa. Observou que os quatro filhos da família dormiam em colchões sem lençóis. Dois dos meninos brincavam ao ar livre, num frio de zero grau, sem sapatos nem agasalhos.
Quando a mãe soube qual era a intenção dos bombeiros, falou que as crianças, mais do que brinquedos, precisavam mesmo é de roupas quentes.
Assim, naquele nove de dezembro, o tenente Qualls fazia as compras de casacos de inverno para os garotos de sete e quatro anos, a menina de um ano e o bebê de dois meses.
Então, recebeu um torpedo em seu celular: Fogo na rua Beechmont. Casa de um andar. Criança presa dentro.
De imediato, precipitou-se para o local e quando chegou, a família já tinha saído, mas o imóvel estava em péssimo estado.
Os bombeiros haviam encontrado Jojo, o menino de quatro anos, debaixo de uma pilha de roupas, no quarto dos fundos.
Ele parara de respirar. Recebeu os primeiros socorros e foi levado às pressas para o hospital.
A notícia é de que talvez não sobrevivesse àquela noite. Foi colocado em aparelhos de suporte à vida.
O tenente Qualls foi ao hospital e pôs na cama do garotinho um ursinho de pelúcia vestido de bombeiro.
Nos dias seguintes, muita fuligem preta e grossa como piche foi bombeada para fora do estômago e dos pulmões de Jojo.
Enquanto a recuperação se fazia lenta, as estações de TV e rádio locais souberam da história da família e da missão secreta dos bombeiros brindarem as crianças, pelo Natal.
Não demorou muito e o Corpo de Bombeiros se encheu de caixas de brinquedos, comida, produtos de higiene pessoal, toalhas, roupas. Até móveis e eletrodomésticos.
Na véspera do Natal, o menino recebeu alta. Os pais haviam alugado uma casa e ele deixou o hospital, retornando ao lar.
Nesse mesmo dia, os bombeiros entregaram à família o seu milagre natalino.
A mãe dos garotos, ao se referir ao trabalho dos corajosos bombeiros, assim se expressou: Esses homens não são somente bombeiros. Eles são nossos anjos de guarda.
Se não tivessem instalado o detector de fumaça no primeiro dia em que estiveram em nossa casa, não saberíamos que o incêndio tinha começado.
E depois de tudo, eles fizeram o impossível para nos dar um Natal maravilhoso.
* * *
O Natal se aproxima. Já decidimos a quem faremos feliz, além dos nossos amores mais amados?
Pensemos nisso e nos empenhemos ofertando algo a alguém solitário, carente, necessitado, em homenagem ao Amor ainda não amado pelos que O pretendemos seguir: Jesus.
Redação do Momento Espírita, com base em conto
de Jennifer Haupt, de Seleções Reader's Digest,
de dezembro de 2010.
Em 20.12.2021.
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