Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
busca   
no título  |  no texto   
ícone Reino celeste
 

Jesus, o suave Rabi da Galileia, um dia, que se perde na poeira do tempo, deixou um Mundo Celeste e veio a este planeta, ainda envolto nas sombras da ignorância, para nos ensinar sobre o Reino de Deus.

O objetivo maior da Sua vinda foi a implantação do Reino de Deus, ou Reino dos Céus, nos corações dos homens.

Mas, afinal de contas, o que significa esse Reino?

Primeiramente, precisamos definir o que é um reino.

E isso é fácil, pois reino nos lembra hierarquia. Um Estado cujo soberano é um rei ou uma rainha. Há um superior e há súditos. Há aquele que orienta e aqueles que seguem as orientações.

No entanto, Jesus afirmou que o Reino de Deus está dentro do homem. Por essa razão, esse Reino consiste numa hierarquia de valores e de fatos que integram a natureza humana.

Resta-nos, agora, saber quais são os valores que orientam esse nosso reino interno, para saber se estamos construindo o tão almejado Reino dos Céus, em nossa intimidade.

Para isso basta que observemos nossas atitudes diárias e os valores que se sobressaem em nossas vidas.

Se o soberano que rege nossas ações ainda é o orgulho, o egoísmo, o ciúme, a ambição desmedida, a tola vaidade, não podemos esperar que esse reinado seja de luz.

Se nossos interesses estão voltados, exclusivamente, para o terra-a-terra, para o conforto físico, para o lazer, para a satisfação dos desejos passageiros da carne, estamos construindo um reino sobre a areia ilusória da existência física.

Mas, se nessa hierarquia de valores as virtudes são soberanas, então o Reino de Deus já se instalou em nossa intimidade.

O próprio Cristo afirmou: Meu Reino não é deste mundo. Com esta afirmativa podemos deduzir que Ele se referia a um reinado diferente. A um Reino Celeste construído portas adentro do próprio coração.

Considerando tudo isso, podemos, desde já, fazer uma análise do nosso império íntimo para saber quem detém o poder.

E, de posse desse balanço sincero, teremos condições de estabelecer a ordem ideal que nos favorecerá na construção desse estado ditoso que tanto desejamos.

Jesus, ao nos incentivar dizendo: Brilhe a vossa luz, assegurou que a ação de acender a luz das virtudes é uma realidade possível a todos.

Mas isto só acontecerá quando as virtudes assumirem a soberania, o poder absoluto sobre as sombras das imperfeições que ainda imperam em nós.

Busquemos estabelecer uma hierarquia de valores reais, capazes de governar com segurança nossa mente, nossas emoções, nosso corpo.

Deixemos que a dignidade, a honradez, a humildade, a justiça e outras virtudes orientem nossos passos, implantando, em definitivo, o Reino dos Céus nas fibras mais sutis da nossa alma imortal.

*   *   *

O Reino de Deus está dentro de nós.

Mas, na maior parte da Humanidade, ainda se encontra em potencial, em estado dormente.

Compete ao homem despertar, desenvolver esse Reino, que o Mestre chama de luz sob o alqueire, tesouro oculto , pérola  preciosa.

E esse trabalho é individual, intransferível, e só depende da livre vontade.

Pense nisso, e faça brilhar a sua própria luz.

 

Redação do Momento Espírita com base no Prelúdio, do livro Sabedoria das parábolas,
de Huberto Rohden, ed.Martin Claret.
Em 19.12.2011.
© Copyright - Momento Espírita - 2024 - Todos os direitos reservados - No ar desde 28/03/1998