Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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Os Espíritos ensinam que a evolução humana se dá sob o influxo de um conjunto de Leis morais.

Elas versam sobre os mais diversos setores e constituem um roteiro de felicidade.

O Espírito que logra segui-las evolui em linha reta para Deus.

Já o que se permite violá-las e se torna um rebelde enfrenta incontáveis percalços em sua caminhada.

Essas Leis contam com sofisticados processos para conduzir os seres humanos.

Possuem atrativos, a fim de orientar por onde se deve seguir.

Por exemplo, a Lei de conservação, que envolve os cuidados que se deve ter com o próprio corpo.

O gozo dos bens terrenos, como o comer e o beber, é propositadamente saboroso.

Evidentemente, há o uso regular e o abuso.

Deve-se buscar o equilíbrio, com o qual se assegura uma vida terrena longa e produtiva.

O mesmo ocorre com a Lei de reprodução.

Por força dela, os Espíritos têm oportunidade de renascer em novos corpos na Terra.

O magnetismo sexual e o prazer nele envolvido garantem que a procriação seja constante.

Do mesmo modo, ocorre com a Lei de sociedade.

Os homens devem conviver, a fim de aprenderem uns com os outros e se auxiliarem mutuamente.

Da convivência, gradualmente surgem importantes virtudes, como a tolerância e a fraternidade.

O homem é um ser social por natureza.

Ou seja, ele sente necessidade de conviver.

Precisa se sentir refletido no olhar alheio, deseja receber toques físicos e emocionais.

Trata-se de uma poderosa necessidade humana, que não deve ser desconsiderada.

Um erro comum que os pais cometem é só prestar atenção quando os filhos causam ou enfrentam problemas.

Como estes necessitam ser notados, podem, até de forma inconsciente, começar a se tornar complicados.

À míngua de toques positivos, ao procederem de modo estranho, asseguram ao menos os negativos.

Ocorre que não apenas as crianças desejam ser notadas.

Os adultos também precisam de cuidados.

É comum cuidar-se de quem vai mal, de quem tem graves problemas e sucumbe.

Enquanto isso, quem, embora com dificuldades, persevera no bom caminho recebe reduzida atenção.

Raros se lembram de elogiar o homem de vida reta.

Quem trabalha, estuda e cuida dos seus deveres torna-se um anônimo inconsiderado.

Entretanto, todos necessitam de uma palavra de incentivo, de um gesto de apreciação.

É válido e imprescindível cuidar de quem se equivoca, de quem cai perante os problemas do mundo.

Mas não dá para esquecer de incentivar o esforço sincero da pessoa equilibrada.

Os que vivem honestamente, os que não possuem vícios, os que são fiéis aos seus compromissos são o esteio da sociedade.

Convém reparar neles e incentivá-los a que persistam.

Afinal, todos necessitam receber algum reconhecimento.

Pense nisso.

Redação do Momento Espírita.
Disponível no cd Momento Espírita, v. 20, ed. Fep.
Em 24.10.2011.
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