Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone Amor a Deus

Você ama a Deus?

Ou será que você tem medo de Deus?

Ainda nos dias de hoje se ouve a expressão: Cuidado, Deus castiga.

Ou então: Ele é um homem temente a Deus. Temente quer dizer que teme, que tem medo.

As frases são muito infelizes. E não verdadeiras. Por que temer a Deus?

Se ficarmos com o conceito de Moisés, o grande legislador do povo hebreu, com certeza teremos medo da Divindade.

Porque, ao apresentar a ideia de Deus aos homens daquela época, mais ou menos quatro mil anos atrás, Moisés O apresentou como ciumento, vingativo.

Um Deus injusto, pois punia um povo inteiro pela falta do seu chefe.

Era o Deus dos exércitos que presidia aos combates contra o Deus dos outros povos.

Um Deus que recompensava e punia só pelos bens da Terra. Que fazia se acreditasse que havia felicidade na escravidão dos outros povos.

Mas, depois de Moisés veio Jesus. E uma das partes mais importantes da revelação do Cristo é o ponto de vista pelo qual Ele nos apresentou Deus.

O Pai que ama aos Seus filhos. Soberanamente justo e bom. Cheio de mansidão e de misericórdia.

Pai que perdoa as faltas dos Seus filhos e dá a cada um segundo as suas obras. O Pai de todas as criaturas, que estende a Sua proteção por sobre todos os Seus filhos.

Deus que diz aos homens: A verdadeira pátria não é deste mundo.

Deus de misericórdia que diz: Perdoai as ofensas se desejais ser perdoados, fazei o bem em troca do mal. Não façais o que não quereis que vos façam.

Deus grande que vê o menor pensamento de Seus filhos e que não dá importância à forma com que esses filhos O honram.

Não é um Deus para temer. É um Deus para amar.

Tudo na Criação revela o amor de Deus por Seus filhos. O Universo é um poema de beleza e perfeição.

A Terra preparada até os mínimos detalhes para que o homem nela possa viver e progredir.

As sementes que reproduzem segundo sua espécie e saciam a fome.

Os rios, lagos e vertentes que propiciam o líquido precioso.

As estações com suas características. As variedades infinitas de plantas, de animais.

Deus que cria Espíritos simples e ignorantes e os coloca nas Suas moradas, os mundos, para progredirem, conquistarem sabedoria até a perfeição.

Deus que ama.

*   *   *

            Pense nisso:

Deus quer o seu progresso. Deus quer o seu bem-estar, que seja fruto de uma vida saudável, que resulta de um aprimoramento moral.

Deus quer a sua paz legítima, depois de acalmados os anseios do seu coração e regularizados os débitos da sua consciência.

Deus quer o seu amor, superadas as instabilidades da sua emoção.

Deus quer o melhor para você.

Se você ainda não descobriu como, guarde a certeza de que Ele concede todos os dias os meios para conseguir tudo isto, em definitivo. Sem chance de perder.

Redação do Momento Espírita com base no cap. 1, itens 23 e 25 do livro
 
A gênese, de Allan Kardec, ed. FEB;  no cap. 21 do livro Filho de Deus, pelo Espírito
 Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL e no texto das
 páginas 22/23 da Revista O espírita, de out/dez 1995, nº 90.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 1, ed. FEP.
Em 3.2.2024.

 

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