É muito comum, entre os humanos, confundir-se a ideia de paz com a da estagnação em vários níveis.
Para muitos, a paz é o não agir. É a inércia da paralisação a fim de que isso seja confundido com descanso ou repouso.
Para outros, a paz é não ter obrigações, não ter que cumprir horários, não conhecer disciplinas de modo a supor que vivem em liberdade.
Para muitos, a paz é ter tudo: conforto material, facilidades econômicas, prestígio social para que alimentem a fantasia do poder.
Para outros, a paz é ter a família bem formada sem qualquer mareio nas relações domésticas.
Esposos em perfeito entendimento, filhos sempre solícitos, estudiosos, bem ajustados emocionalmente e cumpridores das suas obrigações para que admitam que Deus os aquinhoou com bênçãos especiais.
Para muitos a paz é ter saúde física.
É não precisar de cuidados médicos, jamais, a fim de se apresentar aos seus contemporâneos como modelos de perfeição orgânica, sentindo-se privilegiados pela vida diante das carências corporais.
A verdadeira paz, a do Cristo, é a que propõe trabalho ativo e continuado para o bem.
É a que ensina o cumprimento dos deveres como parte da autodisciplina. É a que sabe tirar proveito das dificuldades materiais e sociais, sem a elas acomodar-se, lutando com valor para suplantar as provas.
Essa paz que vem do Mestre inconfundível é a que permite enfrentar os testemunhos da família-problema.
Sem propostas de fuga, mas com o entendimento do acerto da vontade Divina ao reunir necessidades espirituais diversas num mesmo lar, retirando cada qual o lado bom que lhe cabe da relação familiar.
A paz do Cristo é a que ensina o indivíduo a fazer bom uso do corpo biológico, seja ele saudável, seja achacado por qualquer tipo de problema, em qualquer nível.
Aquilo que Deus nos permite usufruir na Terra, por meio do corpo enfermo ou são, é o que a alma carece para avançar, para progredir no rumo do aperfeiçoamento esperado pelos céus.
Paz é ação no bem.
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Na vida enfrentamos problemas de ordem variada. Na saúde, nos relacionamentos familiares e sociais, no trabalho e nas questões financeiras. Não esperemos vencer todas as dificuldades para alcançarmos a paz.
Jesus veio nos ensinar que é possível ter paz nos momentos em que enfrentamos e tentamos superar os diversos obstáculos que a vida nos impõe.
É certo que muitas vezes sentimos a necessidade de estar em algum lugar que nos favoreça o encontro com a paz, como num templo religioso ou no contato com a natureza.
Porém, não esperemos estar em um lugar específico para alcançá-la, habituemo-nos a encontrá-la dentro de nós mesmos, em nossa alma, conosco todo o tempo e em todas as situações.
Jesus veio nos trazer a paz real desde que consigamos manter a consciência reta, desde que nos mantenhamos agindo sempre no bem, desde que persistamos na condição de operosos servidores da vida.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 2, do livro Quem é o Cristo?, pelo Espírito Francisco de Paula Vítor, psicografia de J. Raul Teixeira, ed. Fráter.Em 08.09.2011.